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“O Albergue” na Europa Oriental, “Wolf Creek – Viagem ao Inferno” na Austrália, “Massacre da Serra Elétrica” nos EUA. Era de se estranhar que justamente o Brasil, país cujos índices de violência são cada vez mais divulgados pela mídia, não tivesse seu próprio filme de terror. E independente dos ridículos protestos que giraram em torno do filme, tivemos sorte: o que mata “Turistas” (sem trocadilhos) é um roteiro tão incoerente e inconseqüente que é difícil qualquer um engolir.
Turistas num ônibus a caminho de Recife são roubados e depois seqüestrados por um grupo cujo chefe é um médico que tem prazer em retirar seus órgãos e doá-los a um hospital público no Rio de Janeiro – e hospital público tem condições de pagar um grupo que usa até helicóptero??? As vítimas são burras como portas e caem em todas as armadilhas.
Depois de um tempo, o roteiro enlouquece: inicialmente o médico diz que tem apenas 12 horas para retirar os órgãos e levá-los ao hospital, mas depois esquecem disso e passam o resto do filme perseguindo quem sobrou enquanto os órgãos já retirados deveriam ter se deteriorado. Com exceção do final do filme, brasileiro é retratado como um povo rude, mal-humorado com vários ladrões e prostitutas no meio.
Pelo menos dessa vez os atores falam o bom português, o que é ótimo, e não espanhol como alguns filmes gringos mostram. De bom, os efeitos especiais bastante convincentes (e nojentos), uma ótima cena de perseguição debaixo d’água, mas que termina de maneira frustrante; algumas referências “interessantes” (entre aspas mesmo) ao Rio e a Belém; e trilha sonora no mínimo diversa vai desde Marcelo D2 passando por um decepcionante funk (e todos não são?) a Adriana Calcanhoto.
Nota 4
Ficha Técnica
Elenco:
Josh Duhamel
Melissa George
Olivia Wilde
Desmond Askew
Beau Garrett
Max Brown
Direção:
John Stockwell
Produção:
Marc Butan
John Stockwell
Scott Steindorff
Bo Zenga
Fotografia:
Enrique Chediak
Trilha Sonora:
Paul Haslinger