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David Cronenberg retoma a parceria com Viggo Mortensen iniciada em “Tempos de Violência” (filme anterior de Cronenberg). Coincidência ou não ambos os filmes exploram temáticas e estruturas narrativas semelhantes: uma trama cotidiana com mocinhos e bandidos bem definidos que, vez ou outra, explode em rompantes de violência.
Nesse caso, uma enfermeira (Naomi Watts de “King Kong“) faz um parto que resulta na morte da mãe menor de idade. Ao tentar encontrar a família da criança ela esbarra na máfia russa e conhece o obscuro motorista do filho do chefe da família (Mortensen). Daí ela e o bebê se tornam alvos fáceis, pois estão de posse de um diário da adolescente falecida que pode levar a família à prisão.
A produção tem um problema de ritmo, pois não há clímax no último ato e o filme acaba sem grandes surpresas. O melhor mesmo fica por conta dos dois primeiros atos onde podemos ver uma performance tão brilhante de Mortensen (indicado ao Oscar) que Naomi Watts aparece apagada como uma mera coadjuvante.
Como em “Tempos de Violência“, aqui também a violência não é gratuita, mas é explícita e muito bem coreografada. Desde já se torna cult a seqüência de luta numa sauna. Não é para todos os gostos, mas os fãs do diretor e apreciadores da arte devem se deliciar.
Nota 7
Ficha Técnica
Elenco:
Naomi Watts
Viggo Mortensen
Vincent Cassel
Armin Mueller-Stahl
Direção:
David Cronenberg
Produção:
Robert Lantos
Paul Webster
Fotografia:
Peter Suschitzky
Trilha Sonora:
Howard Shore
