A Casa do Bem e do Mal (“House of Good and Evil”)

O que mais chama atenção nesse desastre total travestido de filme de terror é que lá no fundo existia uma boa história. Com um elenco completamente desconhecido, conhecemos a história do casal Maggie e Chris que, depois de uma terrível tragédia pessoal, tenta recomeçar a vida numa afastada casa do interior. Só que a casa é muito grande e há um casal de idosos morando numa parte isolada da casa. Então Maggie começa a escutar estranhos sons vindos dos misteriosos vizinhos, enquanto aumenta a tensão entre ela e o marido e a percepção de fenômenos sobrenaturais que vai minando sua sanidade.

Como provavelmente o diretor tem transtorno de atenção e hiperatividade (TDAH), ele não se contentou em seguir uma linha dramática e acabou seguindo todas as linhas possíveis: foca nos fenômenos, nas visões de Maggie, na sua relação com o marido e nos vizinhos, só que de maneira desordenada e desconcertante, perdendo até as correlações que a trama possui. Ele simplesmente joga as cenas na cara do espectador como se as páginas do roteiro estivessem embaralhadas. E pior: demora quase duas horas pra resolver a questão. A motivação que leva o casal à mudança no início e o casal vizinho já daria, nas mãos de um diretor competente um filme, no mínimo mediano. Mas isso se dilui completamente nos delírios de seus realizadores.

A protagonista Rae Olivier é canastríssima, junto com o resto do elenco; a trilha sonora não conversa com a narrativa, impondo acordes de tensão em cenas que não pedem por isso e ainda tem o departamento de som que provoca sequencias constrangedoras como quando Maggie passeia de bicicleta e escuta sons estridentes, mas que não combinam em nada com a fotografia, causando uma sensação de descolamento que não passa de pura falta de bom senso.

A Casa do Bem e do Mal” é descerebrado e até mesmo nas melhores partes consegue errar feio. Uma grande perda de tempo.

Curiosidade: O casal de protagonistas possui o mesmo sobrenome na vida real (Oliver). Para que o público não entenda que eles seriam um casal na vida real, a atriz usou o pseudônimo Rachel Marie Lewis.

Ficha Técnica

Elenco:
Rae Olivier
Christian Oliver
Marietta Marich
Jordan Rhodes
Rob Neukirch
Bo Keister
Blu de Golyer

Direção:
David Mun

Produção:
Blu de Golyer
Christian Oliver
Mark Rickard

Fotografia:
Jared Noe

Trilha Sonora:
Austin Creek

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