Foi um dos filmes mais polêmicos da safra de 2009 / 2010. Mas é tudo isso mesmo? Na teoria até é: só de pensar em ver três pessoas cirurgicamente conectadas uma a outra, ligando o ânus de uma à boca de outra, já dá náuseas e ânsia de vômito.
Mas na prática é assim: duas amigas, interpretadas por completas desconhecidas que faltaram nas aulas básicas de interpretação, ficam perdidas numa floresta. Ao invés de esperar amanhecer no carro ou na estrada, a dupla de cérebros iluminados resolve adentrar na mata, talvez esperando que uma capivara falante apontasse o caminho pra casa. Elas encontram a casa do médico maluco Dr. Heiter, um tal de Dieter Laser, o ator canastrão mais engraçado do planeta (detalhe: o papel é sério). Elas – e mais um japonês que deu sopa – vão servir para a aterradora experiência do cientista.
Mais da metade da produção se passa com as atrapalhadas tentativas de fuga da casa do vilão. O problema é que as personagens femininas são tão burras que a gente torce pra elas morrerem logo. Lógico que tudo é apenas uma preparação para a doce centopeia que vai ser criada. O diretor Tom Six, que parece ter começado sua carreira com longas metragens só pra chocar (ou como diria nas redes sociais, para causar), até conhece os fundamentos do cinema e elabora interessantes enquadramentos que vez ou outra, até fazem o espectador ter a vaga impressão que está diante de algo sério.
Mas tudo logo desaba e descamba para o trash quase cômico, seja por causa do roteiro sem pé nem cabeça ou pelo elenco sem tino nenhum pra esse troço chamado atuação. Apesar que, como já citado, vale a pena ver as presepadas do Dr. Heiter, principalmente a partir do segundo ato. A cena em que ele perde a calma com os policiais é desde já uma das mais engraçadas do gênero.
E chegando no ápice da história, quando a criatura finalmente toma forma, o público verá que graficamente não chega a assombrar. Se bem que para os mais sensíveis, talvez enoje mais por aquilo que não mostre. Tem muito sangue, mas não chega a uma carnificina exacerbada. “A Centopéia Humana” definitivamente só serve aos fãs do trash e quando muito a curiosos pela polêmica. No fim a grande verdade é que cumpre menos do que promete.
Ficha Técnica
Elenco:
Dieter Laser
Ashley C. Williams
Ashlynn Yennie
Akihiro Kitamura
Andreas Leupold
Peter Blankenstein
Direção:
Tom Six
Produção:
Ilona Six
Tom Six
Fotografia:
Goof de Koning
Trilha Sonora:
Patrick Savage
Holeg Spies
Uma resposta
Não acredito que você conseguiu assiste esse filme todo. Eu baixei ele para assiste no ano passado, no meio do filme eu já havia desistido, adiantei o filme para vê a maldita criatura e não achei nada demais. A ideia de uma centopeia humana eh bem interessante mas a forma como o cara quiz fazer é muito feio e com uma lógica bizarra, já que um corpo humano não iria sobreviver de fezes. o único que iria si manter vivo era o primeiro corpo. Seria melhor si fosse uma cirurgia ala siameses invertido, ou seja em vez de separa unir por parte de corpos.