A Dama e o Vagabundo (“Lady and the Tramp”)

Recriação de um dos maiores clássicos de Walt Disney feito em 1955 que surpreendentemente não debutou nos cinemas, mas sim no novo serviço de streaming do grupo chamado Disney+ numa ousada jogada para atrair um público maior. Surpreendente mesmo porque é uma grande produção que usa efeitos especiais de ponta tais quais suas outras adaptações em live-action como “O Rei Leão” e “Mogli: O Menino Lobo”.

Ao contrário dos clássicos mais contemporâneos, esse filme foi feito – tal qual o original – mais para as crianças e tem uma história até bem simplória: a cachorrinha Dama conhece o vira-latas chamado de Vagabundo e começam a desenvolver um laço quando ela sai de casa. Ambos têm que tomar cuidado com o dono da carrocinha e também com um rato que vai atormentar os donos de Dama.

Mais do que a história, o que chama atenção positivamente são os efeitos especiais que trazem os animais à vida. Se em “O Rei Leão” muita gente reclamou que os animais estavam reais demais e que suas expressões emocionais eram pouco percebidas, aqui chegou-se praticamente à perfeição. Eles conseguem ser de um realismo impressionante, ao mesmo tempo em que suas expressões faciais são bastante definidas, olhares penetrantes e emoções perfeitamente delineadas.

O design de produção e a cenografia com uma reconstituição de época de contos de fadas da Disney está impecável e a trilha de Joseph Trapanese (“O Rei do Show”) combina direitinho com esse jeito Disney de contar histórias. Nem é preciso dizer que a icônica cena dos dois cachorros comendo espaguete e encontrando seus focinhos está sensacional e foi reproduzida quadro a quadro para a produção.

A Dama e o Vagabundo” resgata o desenho original adequando-o ao politicamente correto, não estende o tema para toda a família, mas ainda assim é muito bem sucedido em contar uma história simples, mas de coração imenso.

Curiosidades:

– A música cantada pelos dois gatos foi completamente mudada do desenho original, pois haviam menções racistas que hoje já não são politicamente corretas.
– A música “He’s a Tramp” também mudou, pois nela, o vira-latas Vagabundo era descrito como um cafajeste que ficava com todas as cachorrinhas. Essa história dele foi totalmente deletada do filme.
– Já as músicas do início e do final do filme são exatamente as mesmas usadas no desenho original.
– No desenho original Jock é um cachorro macho. No filme é uma fêmea. Porém o animal que a interpreta é um macho.
– O bebê do casal dono da Dama é uma menina. No desenho original é um menino.
– No filme para propósitos de diversidade, o casal dono da Dama é multirracial (ele branco e ela negra).

SPOILER – SÓ LEIA DEPOIS DE TER VISTO O FILME!

– No desenho original quem se machuca na carrocinha de cachorro é Trusty, cachorro vizinho da Dama. Já no filme é o próprio Vagabundo.
– No final do desenho original a Dama e o Vagabundo têm três filhotes. No filme, tiraram essa conotação sexual e colocaram dois cachorrinhos filhotes como adotados.

Ficha Técnica

Elenco:
Tessa Thompson
Justin Theroux
Sam Elliott
Ashley Jensen
Janelle Monáe
Benedict Wong
Clancy Brown
Nate ‘Rocket’ Wonder
Roman GianArthur Irvin
James Bentley
Jentel Hawkins
Ara Storm O’Keefe
Aemon Wolf O’Keefe
Thomas Mann
Kiersey Clemons

Direção:
Charlie Bean

Produção:
Brigham Taylor

Fotografia:
Enrique Chediak

Trilha Sonora:
Joseph Trapanese

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