Terror afro-americano (isso é que é segmentação) onde jovens primos vem passar o feriado na mansão de seus avós, mas descobrem uma maldição que colocará a vida deles em perigo. É a maldição de participar de um filme muito ruim.
Com um elenco de quase desconhecidos de desempenhos próximos à turma de A Praça é Nossa, seu primeiro ato até convence na parte da apresentação dos personagens, mesmo com a mão frouxa do diretor que, aqui e ali, parece ter pequenos surtos como se quisesse brincar com a câmera. A partir do segundo ato, entretanto, a produção vira uma bagunça com as mortes banais e sem choque algum e onde até a maquiagem deixa a desejar.
Chega a ser engraçado os personagens dos avós atuando junto aos jovens e no lugar de produzir medo, dá uma sensação danada de achar graça. Isso se não fosse trágico o fato de estar parado durante 90 minutos assistindo a essa roubada. Como não podia deixar de ser em filmes do gênero, os personagens e futuras vítimas conseguem tomar as famosas decisões suicidas para alegria de seus algozes.
Mas o golpe final – literalmente – vem nos últimos segundos, quando o filme acaba como uma piada sem graça que nem desfecho teve. Se o espectador parar pra pensar, o mote de “A Herança” é simplesmente absurdo. Tão absurdo que se partirmos dele, nem existiria a família pra contar essa história. E antes tivesse sido assim.
Ficha Técnica
Elenco:
Rochelle Aytes
Golden Brooks
Janae Burney
Keith David
André De Shields
Demetrius Grosse
Darrin Dewitt Henson
Shawn Michael Howard
Lanre Idewu
Adriane Lenox
Edward Nattenberg
Novella Nelson
Jenny Weaver
D.B. Woodside
Direção:
Robert O’Hara
Produção:
Effie Brown
Van Hayden
Fotografia:
Tommy Maddox-Upshaw
Trilha Sonora:
Nathan Furst
