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Michael Bay, que dirigiu “Armagedon”, tem uma produtora especializada em remakes de filmes de terror. “Terror em Amityville” e “Massacre da Serra Elétrica” já foram refeitos sob esse prisma.
Infelizmente, ao invés de arte, ele utiliza extensas pesquisas de marketing para saber o que seu público alvo – os jovens – querem ver no cinema. De todos, entretanto, “A Morte pede Carona” se mostrou a produção mais equivocada em relação ao insuperável original. A começar pelo tempo em que se passa: os dois primeiros filmes de terror citados se passavam justamente na época em que foram feitos e portanto, o público consegue entender as limitações dos personagens – sem celular, isolados, etc. Já neste último, a ação se passa no presente, ficando mais difícil engolir determinadas situações.
Outra coisa foi a escolha dos protagonistas: pegaram dois modelos aspirantes a ator sem nenhum carisma e jogaram no peito do espectador, o qual nada lembra o ótimo C. Thomas Howell do original. Só se salva mesmo é Sean Bean (de “Tróia”), que não chega perto de Rutger Hauer de 1986, mas cumpre o papel.
Outra decisão equivocadíssima foi colocar o casal o filme inteiro e centralizar o foco na mulher o que tirou grande parte do drama do filme. Mais uma vez se perde uma grande chance de se refazer um ótimo remake para novas platéias.
[rating:2]
Ficha Técnica
Elenco:
Sean Bean
Sophia Bush
Zachary Knighton
Direção:
Dave Meyers
Produção:
Michael Bay
Andrew Form
Bradley Fuller
Alfred Haber
David Linde
Charles R. Meeker
Fotografia:
James Hawkinson
Trilha Sonora:
Steve Jablonsky
