https://www.youtube.com/watch?v=2C7vGRt6dMs
É um suspense meio sobrenatural. Esse meio é porque o roteiro não sabe dizer o que é. Aliás, pouco o roteiro sabe fazer. A rainha dos dragões de “GOT” Daenerys Targaryen também conhecida pela alcunha de Emilia Clarke (também de “Como Eu Era Antes de Você”) é Verena, uma babá que cuida de crianças de famílias ricas da Itália do início do século XX. Eis que sua próxima missão é tentar fazer um garoto que perdeu recentemente a mãe e emudeceu, voltar a falar. Só que ele fica escutando uma voz das pedras da mansão e da propriedade que aparentemente seria da sua falecida mãe. Cética com a história, Verena deve desvendar o mistério.
Só que o mistério maior é qual a mensagem que o filme quer passar: os roteiristas se enrolaram mais do que a protagonista. E olha que o filme foi baseado no livro italiano La Voce Della Pietra de Silvio Raffo, mas aparentemente não souberam qual caminho seguir. E por mais que a produção seja muito bem cuidada e o diretor tente conduzir a trama com grande fidelidade ao roteiro, percebe-se que os personagens simplesmente criam emoções de acordo com a conveniência: Verena aparenta ser a heroína centrada quando de repente, parece surtar, o pai do menino (Marton Csokas de “Loving: Uma História de Amor”) não sabe se ama a falecida ou deseja a protagonista e no fim nem o espectador sabe exatamente o que aconteceu, pois cenas de sonhos, delírios ou desejos se misturam com a realidade numa edição mal feita e desnecessária.
Talvez a grande decepção da produção é se esmerar na condução de uma trama desgovernada e previsível (a parte da velhinha era óbvia) com personagens que vão do nada e vai a lugar nenhum. Por pouco não é uma nulidade.
Ficha Técnica
Elenco:
Emilia Clarke
Marton Csokas
Caterina Murino
Remo Girone
Lisa Gastoni
Direção:
Eric D. Howell
Produção:
Stefano Gallini-Durante
Dean Zanuck
Fotografia:
Michael Wandmacher
Trilha Sonora:
Peter Simonite
