Diferentemente da maioria dos filmes de casa mal assombrada, esse já começa do meio. Sem introduções, já acompanhamos a protagonista Madison (Ali Larter de “Resident Evil”) e seus dois filhos sendo assombrados por uma estranha presença e já chamando especialistas para entender o que é, sem que se ache uma resposta. Ou seja, o que muitas vezes acontece lá pelo fim do segundo ato, aqui rola nos primeiros 15 minutos.
É diferente e meio incômodo. Mas se fosse usado para desenvolver a história que tem, seria ótimo (história essa que só descobrimos ao final). Mas ao invés disso, a produção se limita em repetitivas cenas de susto – algumas boas, outras beirando ao trash – que sempre terminam da mesma forma, o que põe em xeque a capacidade de nos preocuparmos com os personagens, visto que não parece haver nenhuma evolução na narrativa. Algumas boas sacadas de câmera revezam com edições ruins e diálogos mornos, apesar de um elenco que não prejudica.
O que mais decepciona mesmo é justamente a história que não foi contada e que tinha tudo para ser original. No último ato roteiro e diretor enfiam os pés pelas mãos e o espectador fica sem a menor idéia do que exatamente aconteceu, a não ser sobre o contexto geral da trama que poderia ser genial. Pior que uma história ruim é uma história boa jogada no lixo e “Diabólico” prova que não há coisa tão boa que as mãos do homem não possa estragar.
Ficha Técnica
Elenco:
Ali Larter
Arjun Gupta
Max Rose
Chloe Perrin
Merrin Dungey
Patrick Fischler
Kurt Carley
Wilmer Calderon
Laura Margolis
Mark Steger
Tom Wright
Trey Holland
Direção:
Alistair Legrand
Produção:
Ross M. Dinerstein
Fotografia:
John Frost
Trilha Sonora:
Ian Hultquist