Há produções que parece brincadeira. Essa no caso é uma brincadeira de maconheiro. De mau gosto e no mau sentido. Aqui existe um bong amaldiçoado. Para quem não sabe, bong ou bongo é um purificador onde se fuma todo tipo de erva. Nessa maluquice em forma de filme, quatro amigos maconheiros provavelmente com neurônios em débito dividem um apartamento. Um belo dia chega de encomenda um bong e dentro dele tem um espírito. Ou melhor… não… O bong é uma criatura. E toda vez que alguém fuma a erva dele, depois pega no sono, sonha que está num clube de strip-tease (sério) e daí morre das maneiras mais ridículas possíveis.
Tudo bem que é um filme trash cômico – inclusive com um dos integrantes da impagável dupla de comédia dos anos 70, Tommy Chong – mas a coisa (e posso chamar mesmo de coisa) é tão caseira, tão mambembe, tão absurdamente sem sentido que só pode ser mesmo apreciado por gente que tem o mesmo QI dos personagens. Diálogos inconcebíveis para a raça humana que podem até chegar a arrancar uma risadinha do espectador tamanho o choque de (falta de) qualidade que ele terá. O desfecho é ainda mais retardado ainda.
O diretor Charles Band passou sua vida dirigindo filmes de qualidade pra lá de duvidosa. Muitos até tinham um impulso de autenticidade na década de 80 como “Ghoulies” ou o melhor deles, “Puppetmaster“. Mas com “Evil Bong” logo se vê que ele chegou ao fundo do poço. Ou melhor, não. Em 2009 ele conseguiu lançar a segunda parte “Evil Bong 2: King Bong” com o slogan “Em 3D… Mas só se você estiver chapado” (ok, nessa ele acertou a piada). Parece que quando ele chega ao fundo do poço, ele cava mais ainda. Uma viagem, mas muito desagradável.
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Ficha Técnica
Elenco:
Tommy Chong
Mitch Eakins
John Patrick Jordan
Robin Sydney
Jacob Witkin
Direção:
Charles Band
Produção:
Charles Band
Joseph Dain
Fotografia:
Mac Ahlberg
