Frankenstein: Entre Anjos e Demônios (“I, Frankenstein”)

http://www.youtube.com/watch?v=GP-i8gRu4h4

Um amigo que viu o filme antes de mim disse que “Frankenstein – Entre Anjos e Demônios”, baseado numa HQ, era uma mistura barata de “Van Helsing” com “Anjos da Noite”. Eu não poderia ter definido melhor. Aliás, tem os mesmos produtores deste último. O adjetivo “barata”, entretanto, não aponta para produção em si, cujos efeitos especiais são um destaque positivo por sinal, mas sim para uma história leviana, sem grandes atrativos, sendo apenas uma colagem de vários elementos de contos de terror por aí a fora.

Aaron Eckhart de “Perseguição Implacável” é o próprio monstro (cujo nome é Adam… isso mesmo… de Adão, sabiam?) que descobre logo após enterrar quem lhe criou (sim, o Dr. Frankenstein) que existem anjos e demônios, que estes estão numa eterna guerra entre si e que ele será a pessoa chave que pode dar fim nessa batalha.

Além dos ótimos efeitos, como já citado, e uma cenografia de primeira linha, o que esta produção tem de bom para aquele público mais comercial é a ação ininterrupta. É quase surpreendente que nos seus 92 minutos de projeção quase não há pausas para diálogos ou afins, sendo o espectador jogado num turbilhão bastante dinâmico, recheado de lutas e criaturas sobrenaturais.

Só que o que o filme tem de músculo, falta de cérebro. Toda essa ação parece pretender ser uma cortina de fumaça para um roteiro raso que faz pouco sentido e por pouco, não insulta a inteligência do espectador. Por exemplo, dá vergonha alheia associar a cena no início da narrativa com o protagonista dizendo que não sente frio porque foi projetado para não ter essa sensibilidade em sua atividade cerebral para no segundo ato vê-lo se doendo quando uma média costura um ferimento em sua pele. A própria lógica da existência dos gárgulas (ou anjos) e dos demônios não tem a menor profundidade e piora quando se descobre o plano do grande vilão Naberius (Bill Nighy que faz uma xerox de seu personagem de “Anjos da Noite”).

E pra coroar, parece que a cidade onde se passam os eventos não tem nenhum policiamento, pois batalhas épicas acontecem e nem sinal da força policial (existe apenas uma cena onde aparece um guarda, mas e dispensável). Ao final, vemos Adam, o monstro, pronunciar “Eu, Frankenstein” (título original do filme). Será que até ele esqueceu que Frankenstein era o cientista? É ver e torcer pro cérebro não funcionar.

Ficha Técnica

Elenco:
Aaron Eckhart
Yvonne Strahovski
Miranda Otto
Bill Nighy
Jai Courtney
Socratis Otto
Aden Young
Caitlin Stasey
Mahesh Jadu
Steve Mouzakis
Nicholas Bell
Deniz Akdeniz
Chris Pang

Direção:
Stuart Beattie

Produção:
Gary Lucchesi
Andrew Mason
Tom Rosenberg
Richard S. Wright

Fotografia:
Ross Emery

Trilha Sonora:
Reinhold Heil
Johnny Klimek

ELENCO

DIREÇÃO

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