A premissa me lembrou muito aquele filme de 2005 “Plano de Voo” com a Jodie Foster quando ela estava dentro de um avião com a filha desaparecia, e todos levavam a crer que ela nunca havia embarcado com a menina.
Em ”Fratura”, Sam Worthington de “Titã” é Ray que está com a esposa e filha, a qual sofre uma queda. Ele a leva ao hospital e a deixa com a esposa para exames. Horas mais tarde quando vai saber delas, tem a surpreendente notícia de que elas nunca passaram por lá.
Então a trama dirigida por Brad Anderson de “Beirute” leva o espectador a questionar a sanidade mental do personagem. Aliás ele é inteligente e faz isso desde o início quando ele foca o que seria o personagem falando sozinho no carro para depois mostrar sua esposa e filha.
Worthington está muito bem como um personagem claramente perturbado o que não necessariamente significa que ele está alucinando. O roteiro faz o que pode procurando não forçar a barra, mesmo sabendo que é muito difícil engolir essa impossibilidade de comprovar a verdade. Daí ele tenta sair por uma tangente inteligente, fazendo com que os eventos sejam vistos pelos olhos do protagonista, o que logicamente também leva a uma lacuna, pois caso ele esteja louco de pedra, os eventos podem mudar em retrospecto e, caso contrário, não há necessidade de mudança na narrativa.
Nem sempre essa manipulação funciona no filme, fazendo-o mediano até certo ponto, mesmo com um desfecho interessante que tenta dar uma reviravolta com um efeito razoável, mas não decolou.
“Fratura” é um bom passatempo, mesmo que esquecível, o qual leva o público a um grau de tensão, mas fica cozinhando até o clímax.
Ficha Técnica
Elenco:
Sam Worthington
Lily Rabe
Lucy Capri
Adjoa Andoh
Stephen Tobolowsky
Lauren Cochrane
Shane Dean
Chris Sigurdson
Chad Bruce
Gabriel Daniels
Stephanie Sy
Direção:
Brad Anderson
Produção:
Neal Edelstein
Mike Macari
Paul Schiff
Fotografia:
Björn Charpentier
Trilha Sonora:
Anton Sanko
