Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível (“Tomorrowland”)

Apesar da tradução horrorosa para o título original, “Tomorrowland” (vamos chama-lo só assim) consegue ser um típico caça-níqueis, mas que é inteligente para crianças e adultos e passa uma mensagem extremamente importante sobre a preservação do planeta.

Britt Robertson de “De Repente Pai” é Casey Newton, uma jovem que não se conforma que o pai vai ser despedido da NASA e tenta sabotar os planos de desativação de uma plataforma. Após sair da cadeia por esse delito, ela encontra um botton que a leva a um lugar futurístico. Determinada a descobrir que lugar é esse, ela vai atrás de um possível inventor, o rabugento Frank (George Clooney de “Caçadores de Obras Primas”). O que ela não sabe é que robôs desse outro mundo estão atrás deles e que só ela é capaz de deter a destruição do nosso mundo. Isso com a ajuda da única robô do bem, a simpática Athena (a atriz mirim Raffey Cassidy).

Apesar da sinopse parecer um pouco confusa, o roteiro consegue esclarecer a grande maioria dos temas abordados com segurança, até mesmo a tal máquina que prevê o fim do mundo e, sem entregar spoilers, a forte mensagem sobre a natureza está nesse ponto, sobre como o ser humano parece ser autodestrutivo ao abraçar atitudes que levam a degradação do planeta para um objetivo egoísta, mesmo sabendo o destino desastroso que o aguarda.

Logicamente a produção é muito mais do que isso com cenas de ação muito bem elaboradas que o diretor Brad Bird (saído da Pixar, já dirigindo “Missão Impossível – Protocolo Fantasma”) consegue enxertar tanto em espaços épicos como a própria Tomorrowland ou até mesmo confinados em pequenos lugares como a loja de artigos geek.

O grande destaque vai para Raffey Cassidy que interpreta a robô Athena de forma apaixonante e faz com que seja o grande elo entre os eventos passados e presentes.

Com efeitos especiais de cair o queixo, a única parte do roteiro muito difícil de engolir é porque os robôs são programados para matar nossos heróis. Até estaria correto se no início do terceiro ato a sua recepção em Tomorrowland fosse diferente, mas fica meio sem sentido a forma como o governador de lá, Nix (Hugh Laurie, o nosso Dr. House ou de “A Filha do Meu Melhor Amigo”) trata Frank, Casey e Athena, já que em momento algum age para mata-los (o que poderia acontecer facilmente). Significa então que os eventos dos atos anteriores foram puramente para fazer a ação acontecer. Não que estrague o filme, mas definitivamente poderia ser pensado de outra forma.

Baseado numa atração da Disney World e em projetos antigos do próprio Walt Disney, “Tomorrowland” é uma ótima produção que contém ação e emoção e que acerta bem mais do que erra. Não merece ser subestimado.

Curiosidade: Em inglês o inverso de Casey se pronuncia Isaac. Como seu sobrenome é Newton, ficaria Isaac Newton, o que, no contexto do filme, não é uma mera coincidência.

Ficha Técnica

Elenco:
George Clooney
Hugh Laurie
Britt Robertson
Raffey Cassidy
Tim McGraw
Kathryn Hahn
Keegan-Michael Key
Chris Bauer
Thomas Robinson
Pierce Gagnon
Matthew MacCaull
Judy Greer

Direção:
Brad Bird

Produção:
Brad Bird
Jeffrey Chernov
Damon Lindelof

Fotografia:
Claudio Miranda

Trilha Sonora:
Michael Giacchino

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