Piranha 3D (EUA, 2010) ***NOS CINEMAS***

Começa com uma clara homenagem, ao clássico “Tubarão“, de Steven Spielberg, por trazer um dos protagonistas, Richard Dreyfuss, logo na cena inicial, como um pescador sendo devorado pelas tais piranhas pré-históricas vindas de uma fenda na terra após um terremoto.

Daí acontece o mesmo daquilo em todo filme do gênero: as piranhas, ou melhor, o diretor Alexandre Aja (“Espelhos do Medo“) escolhe justamente um lago onde acontece um festival em que vários jovens convergem só para se divertir, enquanto que a xerife do lugar (Elizabeth Shue de “Jogo de Mentiras“), percebendo a catástrofe iminente, tenta em vão fechar o lago ou evacuar os jovens de lá.

Com um roteiro sem profundidade alguma, Aja joga na tela lindas mulheres nuas, um herói propositalmente com cara e jeito de imbecil e situações dificílimas de engolir que deixam sempre os personagens a mercê do time de devoradoras aquáticas. A tecnologia 3D, apesar de ser um upgrade da usada nos anos 80, está longe de produções como “Avatar” ou “A Era do Gelo 3“, pois aqui, provavelmente por causa do budget, não há uma profundidade completa, mas apenas elementos destacados em 3D que parecem ter sido escritos propositalmente para demonstrar o 3D. E quando isso acontece, já sabemos que a qualidade da história se degrada.

O destaque vai para os efeitos especiais em que dúzias de corpos são comidos, mutilados e dizimados sem a menor pena e fará a festa para os fãs de gore. Nesse ponto, o diretor faz o possível para mostrar sem censura e sem cortes toda a violência gráfica, beirando o exibicionismo. Outro ator das antigas que estava sumido e que também dá as caras é Christopher Lloyd que na sua ponta, parece exibir os maneirismos do personagem que o consagrou, o cientista louco Emmet L. Brown, o Doc da saga “De Volta para o Futuro“.

Independente se cada um vá achar o filme bom ou ruim, de uma coisa ninguém pode reclamar: “Piranha 3D” entrega exatamente aquilo que promete, isto é, ser trash, não se levar a sério ao nível do ridículo, mulheres propositalmente lindas e turbinadas e uma carnificina para ninguém botar defeito. É muito ruim. Mas é bom pra quem, ao invés de um filme, foi ver todos esses elementos juntos em 88 minutos.

[rating:2]


Ficha Técnica

Elenco:
Elisabeth Shue
Christopher Lloyd
Kelly Brook
Adam Scott
Ving Rhames
Richard Dreyfuss
Jerry O’Connell
Dina Meyer
Riley Steele

Direção:
Alexandre Aja

Produção:
Alexandre Aja
Mark Canton
Grégory Levasseur
Marc Toberoff

Fotografia:
John R. Leonetti

Trilha Sonora:
Michael Wandmacher

ELENCO

DIREÇÃO

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