Ladrão de Diamantes (“After the Sunset”, EUA, 2004)

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O gênero de filmes de roubo vem tendo uma cotação muito boa nos últimos anos. Que o diga a saga dos “Onze Homens e Um Segredo“. Mas engana-se quem acha que o gênero pode definir se o filme é bom ou ruim. O que define a qualidade de uma produção é seu roteiro, direção, atores, entre outros fatores cruciais. Os realizadores de “Ladrão de Diamantes” esqueceram de tudo isso e apostaram que fazer um filme de roubo sem nenhum conteúdo seria suficiente para o público.

O que se vê então é uma comédia enlatada como uma propaganda de refrigerantes, onde o gatuno Max (Pierce Brosnan, o ex Bond, James Bond), junto com sua companheira, a deliciosa Lola (Salma Hayek de “Frida“) fazem um último assalto a um diamante antes de se aposentarem numa ilha paradisíaca. Lá encontram com o agente do FBI que vive para perseguí-los, Stan (Woody Harrelson de “Assassinos por Natureza“) o qual desconfia que a dupla está lá para mais uma armação.

Logo na primeira meia hora de filme, ficam claros os três pilares que o fiapo de roteiro usou para tentar cativar o expectador:

1. Mudança de ambiente – Sai os Estados Unidos, entra uma ilha do Caribe. Provavelmente a decisão foi tomada frente aos últimos sucessos que usaram (porém sabiamente) esse artifício, tais como as sagas iniciadas por “Onze Homens e Um segredo” e “Identidade Bourne“. Só que aqui a impressão que dá é que não souberam usar a fotografia que o lugar dispunha, tornando o ambiente limitado o filme inteiro;

2. Salma Hayek como mulher-objeto – O único objetivo dela no filme é mostrar seu corpo (o que para os homens já pode ser de grande valia). Seu papel se resume em levar pra cama o personagem de Max, sempre quando ele pensa em realizar o grande golpe;

3. Descambar para a comédia – Apesar de Woody Harrelson se sair um ótimo comediante, sua participação parece ter sido aumentada de tal forma que o filme se transformou numa colagem cheia de emendas de cenas supostamente engraçadas, mas que não fazem nenhum sentido à trama.

Nem a participação do ótimo Don Cheadle (de “Swordfish – A Senha“) como um traficante filósofo consegue salvar o filme. No meio da projeção se escutam algumas risadas vazias, mas é só. Brett Ranner (do verdadeiramente engraçado “A Hora do Rush“) parece ter se superestimado ao fazer um produto Hollywoodiano com gosto sintético, só pelo fato de apostar num filme de roubo. No final quem sai roubado somos nós.

Nota 4


Ficha Técnica

Elenco:
Pierce Brosnan
Salma Hayek
Woody Harrelson
Don Cheadle
Naomie Harris
Chris Penn
Edward Norton
Shaquille O’Neal

Direção:
Nick Cassavetes

Produção:
Beau Flynn
Jay Stern

Fotografia:
Dante Spinotti
Peter Zuccarini

Trilha Sonora:
Lalo Schifrin

ELENCO

DIREÇÃO

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