Miss Simpatia 2 – Armada e Poderosa (“Miss Congeniality 2 : Armed & Fabulous”, EUA, 2005)

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Para que uma continuação tenha pelo menos a chance de ser de qualidade, uma de duas regras deve ser obedecida:

1. Ainda deve faltar história para contar. (Exemplos: “Star Wars“, “De Volta para o Futuro“, “Senhor dos Anéis“, “Matrix“);
2. O protagonista ou demais personagens devem seguir uma série de aventuras independentes ou quase. (Exemplo: “Harry Potter“, “O Homem Aranha“, “Indiana Jones“, “007“).

O que acontece com “Miss Simpatia 2” não é nem uma coisa, nem outra. Sendo assim, desde o início o filme já perde qualquer apelo de uma boa continuação. De qualquer maneira, ele poderia ser engraçado, mas o roteiro parte de um plot absurdo estragando as piadas subseqüentes.

A trama se passa três semanas depois dos acontecimentos do primeiro filme. Hart (Sandra Bullock linda como sempre) é conhecida e amada por todos e, numa operação disfarçada, ela acaba quase estragando tudo. Primeiro absurdo: como o FBI colocaria um dos rostos mais conhecidos da América numa missão disfarçada??? Depois disso, eles decidem que ela deve ser o “rosto do FBI”, indo na mídia fazendo propaganda positiva da agência. Tudo muda quando a Miss USA (do primeiro filme) é seqüestrada e então Hart deve salvá-la. Segundo absurdo: como um seqüestro de uma Miss pode despertar tantos recursos do FBI???

Daí o filme entra na velha fórmula onde Hart arranja uma parceira (Regina King de “Ray“) totalmente diferente dela e acabam brigando o tempo todo até o óbvio final onde fazem as pazes. Infelizmente tudo no relacionamento delas soa forçado e elas brigam e se abraçam como se fosse apenas por imposição do roteiro. Fora o fato que as duas descobrem todo o enigma (muito óbvio, por sinal) do crime antes do próprio FBI, o que se configura no terceiro absurdo.

E copiando todos os clichês do gênero, ainda há espaço para que Sandra Bullock dê uma de Eddie Murphy e use uma maquiagem pesada para ficar disfarçada. Infelizmente ela não tem o mesmo timing cômico de Murphy para esse tipo de comédia.

Ainda aparecem William Shatner (o eterno Capitão Kirk de “Star Trek“) reprisando seu papel como o apresentador Stan Fields, o qual apesar de ter algumas das melhores piadas, é totalmente dispensável à trama; e Ernie Hudson (“Caça-Fantasmas“) como o chefe de Hart. Michael Caine, sábio, não quis embarcar na roubada e o papel do consultor de moda gay e afetado ficou por conta de Enrique Murciano Jr. (“Falcão Negro em Perigo“).

O diretor John Pasquin (de “Meu Papai é Noel“) fez seu pior filme, tentando através da risada fácil cativar o público. Mesmo Sandra Bullock com toda sua beleza e charme não conseguiu dar vida a esta comédia. E o último absurdo: nem as cenas finais dos erros de gravação são engraçadas. Depois de toda essa antipatia é melhor ficar em casa.

[rating:0.5]


Ficha Técnica

Elenco:
Sandra Bullock
Regina King
Enrique Murciano
William Shatner
Ernie Hudson
Heather Burns
Treat Williams

Direção:
John Pasquin

Produção:
Sandra Bullock
Marc Lawrence

Fotografia:
Peter Menzies Jr.

Trilha Sonora:
Randy Edelman
John Van Tongeren

ELENCO

DIREÇÃO

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