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Conhecer a essência de uma pessoa e sua dinâmica de relacionamento é uma experiência fascinante, principalmente quando ela é defrontada com situações que fogem de seu controle. E é para isso que “A Família Savage” nos convida: a estabelecer uma conexão íntima com dois irmãos que devido à doença eminente do pai distante, reencontram-se e devem lidar consigo mesmo e seus problemas particulares, além de tentar dar um pouco de dignidade a um pai que está longe de ter sido o ideal.
Para que um filme tão intimista como esse não deixasse o expectador no tédio em seus mais de 100 minutos seria preciso contratar duas feras na atuação para interpretar os protagonistas. E conseguiram o supra sumo: Philip Seymour Hoffman de “Antes que o Diabo Saiba que Você está Morto“, o qual considero como o Robert de Niro da nova geração e Laura Linney de “Quebra de Confiança” uma das melhores, mais lindas e infelizmente menos reconhecidas de Hollywood integram essa dupla.
Não cabe aqui uma descrição dos personagens de tão complexos que são. Mas vale dizer para o expectador observar cuidadosamente seus pequenos gestos e os motivos por trás deles, desde a arrogância do irmão ao transtorno de ansiedade da irmã e o amor que nutrem um pelo outro, mesmo que às vezes seja tão difícil de demonstrar.
Outra parte importante é do pai da dupla de protagonistas (Philip Bosco de “Kate & Leopold“) que representa com exatidão os sintomas da demência e nos mostra a situação da 3ª idade nos EUA. “A Família Savage” nos dá a oportunidade de avaliar nossas próprias escolhas através das escolhas de seus personagens. Pra quem gosta do gênero é imperdível.
[rating:4]
Ficha Técnica
Elenco:
Laura Linney
Philip Seymour Hoffman
Philip Bosco
Direção:
Tamara Jenkins
Produção:
Anne Carey
Ted Hope
Erica Westheimer
Fotografia:
W. Mott Hupfel III
Trilha Sonora:
Stephen Trask