Mais um filme tentando carregar um protagonista solitário numa viagem especial e geralmente para Marte. Mas são poucos que chegam no patamar de obras como “Lunar” ou até mesmo “Perdido em Marte”.
Mark Strong de “6 Dias” é o astronauta Stanaforth que assume a enorme responsabilidade de ir sozinho a marte numa viagem de quase 1 ano. É claro que as coisas vão dar errado e isso vai por em risco a sua vida e mexer com seu psicológico.
Muito mais um drama de ficção científica, roteiro e diretor rebolam para dar uma dinâmica para os 90 minutos onde o protagonista mostra a degradação de seu comportamento de acordo com as adversidades que vão se apresentando.
Só que os artifícios cansam rapidamente: sua narrativa em off que não coaduna com a estética narrativa; os flashbacks que sempre focam a mesma situação (até pensei em uma reviravolta que tornaria a trama mais interessante, mas esta não veio); e a maneira como a constância da rotina é apresentada, a qual já perto do último ato força uma barra pelo pouco de recursos que ele tem.
Strong faz sim um trabalho muito bom com as poucas ferramentas de atuação que o roteiro dá e passa o máximo possível de credibilidade no papel. Inclusive cabe mais a ele a interessante mensagem de que muitas vezes se busca astronautas com a saúde mental impecável para missões difíceis, quando na verdade talvez alguns desvios psicológicos sejam até mais importantes para que se complete uma tarefa árdua como essa.
Faltou em “A Caminho do Desconhecido” um roteiro mais trabalhado que soubesse usar a premissa para dar uma abordagem mais profunda à questão da solidão no espaço, enquanto seu diretor não conseguiu conduzir a história para prender o público.
Ficha Técnica
Elenco:
Mark Strong
Luke Wilson
Sanaa Lathan
Anders Danielsen Lie
Charles Baker
Direção:
Mark Elijah Rosenberg
Produção:
Jason Michael Berman
P. Jennifer Dana
Thomas B. Fore
Matthew Parker
Josh Penn
Mark Roberts
Fotografia:
Adam Newport-Berra
Trilha Sonora:
Paul Damian Hogan
