A Coisa (“The Thing”)

É o prelúdio para um dos grandes clássicos do terror sci-fi “O Enigma do Outro Mundo”, feito pelo mestre (na época) John Carpenter que agora se contenta em produtinhos como “Aterrorizada”. Lembram daquele cachorro logo no início do filme de 1982 e de que ele tinha vindo de uma estação polar internacional? “A Coisa” conta como tudo começou nessa estação.

Um grupo de cientistas descobrem uma nave espacial soterrada no gelo e uma criatura extraterrestre. Decidem levá-la para estudo. Obviamente ela vai se soltar e vai começar a abocanhar os componentes da equipe. O ponto da trama que sempre é tenso e que se repete nessa prequel é o fato do alien mimetizar a vítima antes de se expor para tentar matar as demais. Então o mote é que ninguém sabe quem é humano de verdade ou quem é o alienígena.

Enquanto em “O Enigma do Outro Mundo”, todos os efeitos especiais eram de maquiagem e bonecos animatrônicos até por conta da limitação tecnológica da época, em “A Coisa”, quase tudo é feito em CGI, o que dá certa artificialidade, porém não deixa de expor mais graficamente a criatura além de recriar com certo êxito todo o horror com vastas doses de sangue e pedaços de corpos humanos por todos os lados.

O elenco está sério e conseguiu mergulhar de cabeça na história e, para os fãs do clássico de 1982, esse novo roteiro ainda dá mais detalhes do modus operandi da criatura, sem contar os grandiosos cenários da própria nave de onde veio. Tanto é que aqui usam menos a questão do medo que a criatura tem do fogo para descobrir os clones, tal qual o icônico personagem de Kurt Russel fez há trinta anos, para se direcionarem a outro detalhe não menos intrigante (não conto para não estragar a surpresa).

O diretor estreante Matthijs van Heijningen Jr. consegue materializar uma atmosfera claustrofóbica a partir de um roteiro consistente e que ainda nos brinda com uma cena durante os créditos que serve de um ótimo elo para “O Enigma do Outro Mundo”. “A Coisa” se coloca, portanto acima da média das produções do gênero atuais e prova que não precisa de elenco estrelar ou efeitos especiais do porte de um “Avatar” pra se fazer um ótimo passatempo.

Ficha Técnica

Elenco:
Mary Elizabeth Winstead
Joel Edgerton
Ulrich Thomsen
Eric Christian Olsen
Adewale Akinnuoye-Agbaje
Paul Braunstein
Trond Espen Seim
Kim Bubbs
Jørgen Langhelle
Jan Gunnar Røise
Stig Henrik Hoff

Direção:
Matthijs van Heijningen Jr.

Produção:
Marc Abraham
Eric Newman

Fotografia:
Michel Abramowicz

Trilha Sonora:
Marco Beltrami

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