O primeiro ato desta produção mostra o melhor de Wes Craven, o célebre diretor do primeiro “A Hora do Pesadelo” e mais recentemente, o criador da série “Pânico“. Um psicopata com múltiplas personalidades é aparentemente morto pela polícia, ao mesmo tempo em que, num hospital, sete crianças nascem (incluindo o filho do dito cujo). Dezesseis anos depois, no dia em que se comemora a morte do serial killer, os sete adolescentes serão perseguidos pelo que pode ser o criminoso ou até mesmo alguém do grupo se fazendo passar por ele. Essa segunda hipótese é porque, segundo a história, a alma do psicopata pode ter se apossado de um ou mais pessoas que nasceram naquele dia.
Caso não tenham reparado, essa questão de “quem será o assassino” soa muito parecida com “Pânico“, certo? E apesar de ter boas sacadas, Craven se deixou levar pelas suas experiências passadas e recriou uma série de lugares comuns que ofuscam a originalidade do roteiro. Por isso, o início é importante, já que foge completamente do que será a trama a partir dos “dezesseis anos depois”. A maneira como se descobre o psicopata e as tomadas de puro horror da sua captura e fuga é para filme de terror nenhum botar defeito. De tão assustadora, essa primeira trama já poderia dar um filme inteiro. Mas preferiram investir nos pré-adolescentes que adoram andar sozinhos por lugares soturnos justamente onde assassinos gostam de pegar suas vítimas.
“A Sétima Alma” contempla “atores sem rosto prestes a morrer” de sempre, aspectos técnicos corretos, mas com mortes pouco inventivas, narrativa burocrática e até jogadas inteligentes (como entre a relação entre Fang e Bug), mas diluídas num mar de mesmice. Programa apenas mediano, porém sem prejuízo pra quem gosta do gênero.
[rating:2.5]
Ficha Técnica
Elenco:
Max Thieriot
John Magaro
Denzel Whitaker
Zena Grey
Nick Lashaway
Paulina Olszynski
Jeremy Chu
Emily Meade
Raul Esparza
Jessica Hecht
Frank Grillo
Direção:
Wes Craven
Produção:
Wes Craven
Anthony Katagas
Iya Labunka
Fotografia:
Petra Korner
Trilha Sonora:
Marco Beltrami