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Fugindo do lugar comum que envolve interesses amorosos, a trama deste drama gira em torno de Sam (Chris Pine de “Operação Sombra – Jack Ryan”), jovem que vai visitar sua mãe Lilian (Michelle Pfeiffer de “A Família”) após a morte de seu pai, o qual sempre fora ausente. É quando o advogado da família lhe entrega em segredo uma maleta com muito dinheiro e diz que ele deve entrega-la a uma irmã que ele sequer conhecia, fruto de um relacionamento fora do casamento.
Então ele conhece Frankie (Elizabeth Banks de “A Escolha Perfeita”), uma mulher batalhadora, ex-alcoólatra, com um filho e que passa por dificuldades financeiras. Sam entra nas suas vidas sem contar que é seu irmão, acabando por se envolver num dilema emocional.
Em resumo, o filme tem dois defeitos médias e dois grandes êxitos: primeiramente, falando dos defeitos, Chris Pine é inexpressivo. Se existe qualquer tipo de emoção passada pela história, nada vem de seu personagem. É a prova cabal que ele só funciona – quando muito – em filmes de ação que pouco ou nada exigem de sua capacidade de interpretação. O outro defeito é o seu segundo ato, quando o roteiro dá muitas voltas sempre em que Sam “ameaça” ir embora, pois ele acaba sempre refletindo e não indo. Só que nisso se repete muito e, como a atuação de Pine não convence, a falha narrativa é potencializada, causando desconforto e impaciência ao espectador.
Já de pontos positivos, o primeiro é o contraponto de Pine: Elizabeth Banks está linda, carismática e quase apaixonante no papel de Frankie, pois mostra a complexidade de uma mulher sofrida, porém com uma força moral bem maior que Sam. Aliás, o ator mirim que interpreta seu filho, Michael Hall D’Addario de “A Entidade”, dá um show de interpretação e forma uma química instantânea com Banks. E finalmente o outro êxito, e que é sim emocionante, é todo o resto da história que não compreende a falha já citada, principalmente no terceiro ato, com pequenas, mas interessantes reviravoltas. A cena em que o filho de Frankie se encontra com Lilian é talvez uma das mais emocionantes, juntamente com a cena final.
De produtor e roteirista para diretor, Alex Kurtzman (que trabalhou com Pine em “Star Trek”) faz sua estréia em “Bem Vindo à Vida”, mas ainda não mostrou a que veio, cometendo erros básicos e estruturais e acertando por ter escolhido a premissa correta e a atriz que dá conta do recado. Vamos esperar que à pratica leve à melhoria, pois perfeição é demais.
Ficha Técnica
Elenco:
Chris Pine
Elizabeth Banks
Michael Hall D’Addario
Michelle Pfeiffer
Olivia Wilde
Mark Duplass
Sara Mornell
Philip Baker Hall
Dean Chekvala
Barbara Eve Harris
Direção:
Alex Kurtzman
Produção:
Bobby Cohen
Roberto Orci
Clayton Townsend
Fotografia:
Salvatore Totino
Trilha Sonora:
A.R. Rahman
