Canibais (“The Green Inferno”)

Resumindo o enredo num meme:

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O promissor Eli Roth que um dia alçou estrelado pela sua amizade com Quentin Tarantino e pela sua ótima estréia em “Cabana do Inferno”, seguido de “O Albergue”, há pouco mais de dez anos, reduziu-se a filmes B chegando no fundo do poço com o recente “Bata Antes de Entrar”. Feito antes deste, “Canibais” quis se colocar como uma homenagem a um clássico de terror trashHolocausto Canibal” de 1980, mas num mundo muito diferente de antes.

Protagonizado pela belíssima Lorenza Izzo (esposa do diretor na vida real, aparecendo na maioria de seus filmes), a produção traz aqueles personagens estereotipados de sempre: a inocente (Izzo), a gostosa, o maconheiro, o malvadinho, a namorada do malvadinho, o alívio cômico e por aí vai, só pra servirem como cardápio para a tribo de canibais que os encontram.

O cineasta não refresca nas cenas de violência e vemos corpos sendo desmembrados, destroçados e destruídos, só que num tom que se aproxima muito da comédia e dilui o senso de horror e que talvez há 30 anos atrás seria mais eficaz. Até porque a tribo que é retratada, trata da questão do canibalismo como algo normal – o que deveria ser dentro do contexto mesmo – o que se ao mesmo tempo cria mais afinidade com a realidade, também perde na questão de tensão. Se há momentos de puro fascínio para os fãs de carnificina, também há mortes pouco exploradas ou até bestas e absurdas, como a cena das formigas digitais que quase causa vergonha alheia. Não deixa de ser interessante a motivação de um dos personagens e talvez seja a grande sacada do roteiro, mesmo que não faça parte da trama principal.

Canibais” tem uma moral que vale a pena refletir, mas não se acha como filme de terror, ou melhor, é apenas trash sem tempero.

Obs: Há uma cena durante os créditos. Só não agrega em nada (até porque acho difícil ter continuação).

Curiosidades:

– Os índios eram uma tribo de verdade do Chile que concordaram em fazer o filme. Detalhe: eles gostaram tanto de participar que no final das gravações, ofereceram como “presente” ao diretor, uma criança de 2 anos. Obviamente o diretor agradeceu, mas declinou a oferenda.
– Na cena do afogamento de Lorenza Izzo, ela se afogou de verdade e teve que ser resgatada.
– Apesar de se passar no Peru, a produção foi filmada no Chile. O tipo étnico peruano é completamente diferente do chileno.
– Não existem tribos canibais na Amazônia.
– Quase todos os atores do grupo principal, apareceram no filme anterior escrito por Eli Roth, Aftershock, o qual também foi filmado no Chile.
– Uma das atrizes principais, Kirby Bliss Blanton, teve que ser hospitalizada por uma reação alérgica à picada de mosquito.

Ficha Técnica

Elenco:
Lorenza Izzo
Ariel Levy
Daryl Sabara
Kirby Bliss Blanton
Magda Apanowicz
Sky Ferreira
Nicolás Martínez
Aaron Burns
Ignacia Allamand
Richard Burgi
Matías López

Direção:
Eli Roth

Produção:
Molly Conners
Nicolás López
Eli Roth
Christopher Woodrow

Fotografia:
Antonio Quercia

Trilha Sonora:
Manuel Riveiro

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