Esquadrão 6 (“6 Underground”)

O diretor Michael Bay da fatídica saga “Transformers” voltou fazendo o que ele faz de melhor: uma grande bagunça visual quase chegando ao nível do caos, mas com a violência o humor de um “Deadpool”.

E é o próprio Deadpool, ou melhor Ryan Reynolds que encabeça essa produção onde ele é o líder de um esquadrão secreto que tem que derrotar um ditador de um país asiático (Lior Raz de “Operação Final“). Pode se dizer que o filme é uma espécie de ação bem humorada trash. O trash no sentido em que ninguém se entende dentro da história: roteiro e cenas não se conversam; As idas e voltas no tempo são aleatórias e chegam a um passo de ser desnecessário; a dinâmica entre os personagens não faz o menor sentido; e a própria ação não tem lá muita lógica. Logo a perseguição no início já explica o parágrafo anterior quando o que era três carros de vilões se transforma em trinta de acordo com a conveniência do roteiro e da velocidade que eles são abatidos. E daí pra pior.

Só que, contudo, o filme é divertidíssimo. Ryan Reynolds interpreta o Ryan Reynolds de sempre com aquele seu humor ácido de quase todas as suas produções. Aqui nem sempre suas piadas funcionam, pois ele não sabe sair do seu modo padrão. Mas quando funciona é golaço. Se por um lado a ação é um caos, os efeitos especiais são talvez os melhores já vistos, onde a violência deliciosamente apelativa impera. Cabeças rolando, corpos se despedaçando, tiro, faca e bomba, são apenas aperitivos do que o espectador vai ver.

Destaque para as inúmeras referências da cultura pop, desde “Star Wars” até “Onze Homens e Um Segredo”. São muito bem boladas e com um ótimo timing cômico.

Esquadrão 6” é tão maluco que o final não tem nada a ver com o início, chegando ao ponto de até parecerem filmes diferentes, então o jeito é apreciar o recheio e ação sanguinária que vai fazer o público pular da cadeira. Já é alguma – ou muita – coisa.

Curiosidades:
– 2º filme mais caro da Netflix depois de “O Irlandês”.
– Na cena da opera house de Paris a câmera faz questão de passar por uma garrafa da marca Aviation Gin que pertence ao próprio Ryan Reynolds.
– A cena inicial de perseguição foi filmada em duas cidades diferentes: Florença e Siena, ambas na Itália.
– Nessa mesma cena, eles entram num museu com várias peças famosas, inclusive a escultura de David de Michelangelo. Na vida real, essa escultura não está nesse museu, mas sim em outro há alguns quilômetros dali.
– O jatinho do protagonista é na verdade do diretor Michael Bay.
– O iate da cena final foi emprestado pelo dono do time NFL Jacksonville Jaguars, o Xeique árabe Shahid Khan.
– Na cena final há a logomarca de “Deadpool” num envelope.

Ficha Técnica

Elenco:
Ryan Reynolds
Mélanie Laurent
Manuel Garcia-Rulfo
Ben Hardy
Adria Arjona
Dave Franco
Corey Hawkins
Lior Raz
Payman Maadi
Yuri Kolokolnikov
Kim Kold
Lídia Franco
James Murray
Lukhanyo Bele
George Kareman

Direção:
Michael Bay

Produção:
Michael Bay
Ian Bryce
David Ellison
Dana Goldberg
Don Granger

Fotografia:
Bojan Bazelli

Trilha Sonora:
Lorne Balfe

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