Ficha Técnica
Depois de mais de uma década sumido, Haley Joel Osment – o garotinho que estourou no sucesso “Sexto Sentido” nos anos 90 e logo depois engatou outro filmaço, “A.I. – Inteligência Artificial” – volta já como adulto neste drama sobre perda e, quem diria, viagem no tempo.
Ele é Erol, traumatizado por ter perdido seu pai Gabe (Rufus Sewell de “Hércules”) quando numa viagem, ele desaparece sem deixar vestígios. Ano depois ele descobre que, de alguma forma ele viajou no tempo e morreu no passado. Superdotado, ele dedica seus anos de vida em construir uma máquina do tempo, enquanto sua mãe (Gillian Anderson de “Agente C – Dupla Identidade”) se afunda na depressão e sua namorada se distancia cada vez mais.
O que realmente vale na produção é que a história, apesar de se basear no conceito de viagem no tempo, se concentra muito mais nos dilemas de se mudar o passado e anular as coisas ruins, mas também as boas de sua vida. O diretor consegue equilibrar muito bem esse drama, sem torna-lo piegas e melhor: faz o espectador pensar junto com o protagonista e pesar os prós e contras das potenciais consequências de uma viagem no tempo que pode ou não ser bem sucedida.
Ainda tem uma trilha sonora bem inspirada de Andrew Lockington (que compõe para a série de “Percy Jackson“) que faz os menos fortes lagrimarem.
Osment se mostra um ator nato e mesmo com uns quilos a mais, não perde o carisma e a naturalidade, fazendo o público acreditar em seus sentimentos e ter afinidade em sua dor. E essa dobradinha da originalidade dramática e de um protagonista carismático consegue o envolvimento necessário para culminar num clímax que mesmo não sendo tão impactante, leva a um desfecho que faz pensar com um sorriso no rosto. É a prova de que uma produção B pode ter o seu valor.
Elenco:
Haley Joel Osment
Gillian Anderson
Rufus Sewell
Victor Garber
Susanna Fournier
Sarah Manninen
Sherry Miller
Brandon Firla
Direção:
Richie Mehta
Produção:
Lee Kim
Fotografia:
Tico Poulakakis
Trilha Sonora:
Andrew Lockington
