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O cinema francês evoluiu bastante. Ele agora consegue ser chato em vários gêneros. Brincadeiras a parte (ja que temos os ótimos “Eles“, “(A) Fronteira“, “A Invasora” e “O Império dos Lobos“), essa co-produção francesa e japonesa desperdiça uma ótima história, devido a uma direção arrastada e a um ritmo sofrível.
Um famoso escritor de romances policiais vai ao Japão para divulgar seu mais novo livro. Lá, tem o forte desejo de conhecer outro escritor japonês famoso, porém que nunca foi visto. Ao conhecer e se apaixonar por uma gueixa, ele se vê envolvido numa trama que envolve conspiração, traição e assassinato. Mas essa sinopse vende bastante o filme. Os primeiros 15 minutos são surpreendentes e fazer a produção ser uma ótima promessa.
Agora falando a verdade: com meia hora a menos, a produção poderia ser até razoável. Mas ter que assistir as seqüências da apresentação da gueixa ou quando ela fica chupando o dedão do protagonista (sim, isso acontece) ou alguns diálogos intermináveis, é um pedido para o espectador apertar no fast-foward do controle remoto para acelerar o DVD.
A solução do mistério não deixa de ser interessante – com um pouco de atenção o público pode desvendá-lo – mas a maneira como ela é exposta no final é de um amadorismo sem igual. É como se, sem idéias, o diretor colocasse um personagem apenas para declamar o segredo. Além disso, a ingenuidade do protagonista chega a ser absurda, principalmente com a cultura e inteligência que ele parecia ter. Vamos esperar que as próximas parcerias do ocidente com o oriente não sejam como esta.
[rating:1.5]
Ficha Técnica
Elenco:
Benoît Magimel
Lika Minamoto
Shun Sugata
Maurice Bénichou
Direção:
Barbet Schroeder
Produção:
Saïd Ben Saïd
Vérane Frédiani
Franck Ribière
Fotografia:
Luciano Tovoli
Trilha Sonora:
Jorge Arriagada