Meu Nome é Bruce (“My Name is Bruce”)

Para o espectador aproveitar essa produção, ele precisa conhecer bem a vida artística de Bruce Campbell. E se for fã de Bruce Campbell, melhor! Mas quem é esse cara? Ele é ninguém menos que o protagonista da primeira versão de “A Morte do Demônio” feita em 1981 e dirigida pelo melhor amigo, Sam Raimi. Ele mesmo, o diretor da trilogia “Homem-Aranha” e mais recentemente “OZ – Mágico e Poderoso”. E aquele filme mais tarde se tornou uma das trilogias de terror mais cult de todos os tempos com “Uma Noite Alucinante” e “Uma Noite Alucinante 3” (Cadê o 2? Explico após a crítica).

Raimi deve tanto seu sucesso a Campbell que em todos os seus filmes, o ator faz uma ponta. Só que o sucesso de Bruce só ficou mesmo nos filmes de baixo orçamento, alguns até trash. Desse conjunto destacam-se “Maniac Cop” e o outro cult “Buba Ho-Tep”.

Voltando a falar do filme em questão que é dirigido pelo próprio, uma cidadezinha é atacada por um espírito malévolo que só teme queijo tofu (sério). Um adolescente nativo e fã do ator, acha que ele é o próprio herói de seus filmes e vai até pedir a sua ajuda em Hollywood. Acontece que Bruce (pelo menos o da história) é um ator decadente que mora num trailer, além de ser grosseiro, egoísta e petulante. Ao receber a negativa, o jovem decide raptá-lo e leva-lo a tal cidade. Imaginando tratar-se de uma brincadeira de seu empresário (aqui interpretado pelo irmão de Sam Raimi, Ted Raimi), ele entra no papel de herói, sem saber que a ameaça é real.

Feito com um orçamento pífio, “Meu Nome é Bruce” é tudo aquilo que se espera de uma comédia de terror trash. Para se ter uma idéia, as tomadas externas foram feitas no quintal do ator / diretor. Algumas cenas genuinamente engraçadas em meio a outras de dar vergonha alheia pautam o decorrer da projeção. Efeitos especiais são sofríveis e chegam a ser hilários e talvez seja essa a intenção. Mas a atração principal mesmo é a paródia que Campbell faz de seus filmes anteriores e até mesmo de si próprio. Ao mesmo tempo a homenagem prestada à sua filmografia com cartazes e pertences da época (alguém se lembra de uma serra elétrica?) é indubitavelmente impagável. Contudo, como foi citado, as melhores partes só serão degustadas com prazer por profundos conhecedores.

“Meu Nome é Bruce” é um filme de um público bem restrito. Mas esse público tem grandes chances de adorar.

PS: Em 1981, foi feito “A Morte do Demônio” e houve pouquíssima repercussão no Brasil. Quando estreou em 1987 a sua continuação “Uma Noite Alucinante”, o sucesso para o público de terror foi tão grande que as distribuidoras resgataram seu antecessor que já tinha o título “A Morte do Demônio”. Quando foi lançada a terceira parte em 1992, houve um impasse, pois o sucesso de “Uma Noite Alucinante” (parte 2 de “A Morte do Demônio”) foi tal que os publicitários não quiseram desperdiçar o apelo do título. Então fizeram a nomeclatura reversa: a última parte da trilogia chamaram de Uma Noite Alucinante 3, acrescentaram o ‘2’ em “Uma Noite Alucinante”, e “A Morte do Demônio” continuou com o mesmo título, porém em alguns materiais se pode vê-lo como “Uma Noite Alucinante” mesmo.

Ficha Técnica

Elenco:
Bruce Campbell
Grace Thorsen
Taylor Sharpe
Ted Raimi
Ben L. McCain
Ellen Sandweiss
Timothy Patrick Quill
Dan Hicks

Direção:
Bruce Campbell

Produção:
Bruce Campbell
Mike Richardson

Fotografia:
Kurt Rauf

Trilha Sonora:
Joseph LoDuca

DIREÇÃO

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