Até a Noruega aproveita a moda do found footage (filmagem encontrada em tradução literal) para fazer o seu filme de terror. Uma equipe de jornalistas investiga a misteriosa morte de ursos e se depara com um senhor que diz ser um caçador de trolls. Eles se juntam e vão descobrir da pior maneira trolls de todos os tamanhos e formas que tem em comum o perigo.
Como reza os exemplares do formato, algumas partes se arrastam até que o espectador consiga experimentar a ação entre os personagens e as criaturas. Diga-se de passagem, mesmo com o efeito de câmera na mão, a ação é bem satisfatória e deve agradar o espectador. Também é interessante como seus realizadores se esmeraram para fazer com que a lenda dos trolls ganhasse vida através de inúmeros detalhes místicos. O tal caçador de trolls dá uma verdadeira aula de tudo o que se precisa saber dos monstros, seus hábitos, o que comem, como identificá-los e ainda expõe uma conspiração onde o governo encobriria a existência das criaturas.
Essa última informação é talvez a mais intrigante, porém é a que mais frustra o público em seu desfecho, o qual parece ser um lugar comum desse gênero, fazendo questão de fazer o espectador saia do filme com aquela sensação de que faltou alguma coisa. E também deve ser um pouco difícil engolir que os trolls tenham permanecido incógnitos até o momento.
Pelo menos não se pode reclamar dos ótimos efeitos especiais para um país que não tem muita tradição nisso e nas bem coreografadas cenas de ação que passam a tensão necessária para ficar á frente de bombas como “Filha do Mal”. “O Caçador de Troll” é um filme bastante peculiar que merece ser visto, principalmente por fãs do gênero, mesmo com as pequenas decepções que possa causar até o final.
Ficha Técnica
Elenco:
Otto Jespersen
Glenn Erland Tosterud
Johanna Mørck
Tomas Alf Larsen
Urmila Berg-Domaas
Hans Morten Hansen
Robert Stoltenberg
Knut Nærum
Eirik Bech
Direção:
André Øvredal
Produção:
Sveinung Golimo
John M. Jacobsen
Fotografia:
Hallvard Bræin
