O Homem Invisível (“The Invisible Man”)

Ao contrário do que possa parecer, a versão 2020 desse tema resgata os antigos suspenses psicológicos da década de 80. Elisabeth Moss de “Rainhas do Crime” é Ceci qie após sofrer inúmeros maus tratos do marido milionário, foge e depois descobre que ele se matou. Só que aparentemente isso pode ter sido um plano maquiavélico, pois talvez ele tenha descoberto uma maneira de ficar invisível e começa a atormentá-la até o limite do risco de vida a ela e a seus amigos próximos.

O diretor Leigh Whannell é discípulo de James Wan e juntos criaram as sagas “Jogos Mortais” e “Sobrenatural”. Então ele está muito à vontade conduzindo muito bem a trama que tem a principal característica de usar pouquíssimos efeitos especiais.

Na verdade, ele usa a questão do invisível para fazer com que o espectador fique tenso justamente pelo que ele não esta vendo, ao invés de carregar cenas mirabolantes com as manobras do antagonista. Sim, existem momentos frenéticos com ótimos efeitos especiais, mas são os clímaces no meio da narrativa. Porém na maioria do tempo, o diretor tortura o público que não sabe se o vilão está mesmo à espreita.

Uma das grandes sacadas foi unir os movimentos calculadíssimos de câmera à sonoplastia e à trilha sonora de Benjamin Wallfisch, responsável também pela trilha da saga “IT: A Coisa”. Reparem como a ausência do personagem (ou às vezes a invisibilidade dele) gera altos acordes para compensar ou potencializar a tensão que a imagem (ou a falta dela) gera na tela.

Outro ponto interessante da sonoplastia é que ela muda de acordo com a ambientação e com o estado emocional de Ceci. Por exemplo, no primeiro ato, quando ela ainda está com síndrome do pânico de sair da casa do amigo, no momento em que ela pisa na varanda pra pegar a correspondência, o som se torna abafado, denotando o estado mental preso da personagem.

É interessante como o desfecho quase não tem clímax, mas ao mesmo tempo passa uma forte mensagem de empoderamento, isto é, durante toda a trama e em vários aspectos “O Homem Invisível” tem mais qualidades pelo que não mostra do que pelo que mostra. Parece ser uma missão cumprida!

Curiosidades:

– A combinação do alarme da casa do vilão é 1333, ano em que o personagem Homem Invisível foi lançado pela primeira vez no cinema pela Universal Pictures.
– O diretor e roteirista, disso que a inspiração do filme foi o clássico “Dormindo com o Inimigo”, cujo remake teve Julia Roberts na década de 90.
– Quando Ceci escapa do hospital é possível ver uma pichação do boneco de “Jogos Mortais”.
– Algumas das cenas do trailer não estão no corte final do filme como a do banho.

Ficha Técnica

Elenco:
Elisabeth Moss
Oliver Jackson-Cohen
Harriet Dyer
Aldis Hodge
Storm Reid
Michael Dorman
Benedict Hardie
Renee Lim
Brian Meegan
Nick Kici
Nicholas Hope
Cleave Williams
Cardwell Lynch
Sam Smith

Direção:
Leigh Whannell

Produção:
Jason Blum
Kylie Du Fresne

Fotografia:
Stefan Duscio

Trilha Sonora:
Benjamin Wallfisch

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