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Julianne Moore (“Ensaio Sobre A Cegueira“) faz um de seus papéis mais ousados de sua carreira num roteiro baseado num fato verídico. Numa família irremediavelmente desfuncional, ela é casada com um rico aristocrata (Stephen Dillane de “Rei Arthur“), mas é libertina toma atitudes constrangedoras para os que estão a sua volta, além de trair o marido sem esconder de ninguém. Seu único amor é seu filho (Eddie Redmayne de “A Outra“) de opção sexual duvidosa e que recebe uma estranha influência dos pais. Quando o marido abandona a protagonista, ela e o filho sofrem de uma terrível pressão que vai culminar em momentos jamais imaginados para uma família.
É um drama constantemente depressivo e é criativa a opção do diretor de fotografia em contrastar esse clima sombrio sempre com tons alegres e paisagens aconchegantes. Talvez a única falha técnica é o envelhecimento dos personagens dos pais, que simplesmente não ocorre mesmo se passando quase 18 anos. E como esse fator é crucial para o que acontece a partir do segundo ato, torna-se uma falha bastante sensível.
Seu último ato contém algumas das cenas sexuais mais fortes dos últimos tempos. Não de forma gráfica, mas pelo conceito que elas implicam. “Pecados Inocentes” exerce o mesmo fascínio que seus personagens: algo bizarro, porém extremamente atraente.
[rating:4]
Ficha Técnica
Elenco:
Julianne Moore
Stephen Dillane
Eddie Redmayne
Elena Anaya
Barney Clark
Hugh Dancy
Direção:
Tom Kalin
Produção:
Pamela Koffler
Iker Monfort
Katie Roumel
Christine Vachon
Fotografia:
Juan Miguel Azpiroz
Trilha Sonora:
Fernando Velázquez
