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Às vezes algumas qualidades de uma produção estão lá mais para esconder suas fraquezas. No caso de “Raça Selvagem“, é assim. Quatro amigos, dentre eles Leigh Whannel (do primeiro “Jogos Mortais“) vão para as entranhas da Austrália para capturar imagens de um extinto diabo da tasmânia. Na única cidadezinha ao largo da floresta, encontram gente pra lá de esquisita e, ao adentrarem na mata, uma ameaça se esconde.
A construção do suspense foi bastante elaborada e, apesar do espectador fazer alguma idéia do que vai vir, é difícil qualquer previsão precisa, o que conta a favor do roteiro. Os efeitos especiais, principalmente os de maquiagem, deixarão os fãs do gênero pulando de alegria. Aliás, nesses aspectos técnicos que contribuem com a tensão e o terror – edição, fotografia e trilha sonora – Raça Selvagem tem todos os méritos. O adjetivo chocante consegue descrever bem o segundo ato, a melhor parte, diga-se de passagem.
O problema é no último ato. Primeiro que a platéia fica sem a menor idéia do que exatamente (pra não revelar o segredo chamaremos de) o mal quer e nem porque se isola tanto. Além do que seu desfecho está virando um clichê cada vez mais saturado. Será que agora todos os filmes de terror terminam assim apenas para se ter a opção de uma continuação provavelmente caça níqueis? Pelo menos nesse, há um conteúdo interessante em pelo menos quase toda a projeção. Vale muito a pena, apenas com essas ressalvas.
[rating:3]
Ficha Técnica
Elenco:
Nathan Phillips
Leigh Whannell
Bille Brown
Mirrah Foulkes
Melanie Vallejo
Ken Radley
Elaine Hudson
Sheridan Harvey
Direção:
Adam Brooks
Produção:
Jody Dwyer
Fotografia:
Geoffrey Hall
Trilha Sonora:
Nerida Tyson-Chew