Elisabeth Moss de “Punhos de Sangue” é Catherine que após o término de seu relacionamento e a morte de seu pai, um proeminente artista plástico, vai passar um tempo na casa da amiga Virginia (Katherine Waterston de “A Batalha das Correntes”) exatamente um ano depois que as duas se encontraram no mesmo lugar só que em situações diferentes. Só que em vez de melhorar, Cat fica cada vez mais desestabilizada e a relação entre ela e Virginia começa a se degradar.
Um filme chatíssimo que só não afunda de vez pelo carisma e ótima atuação de Elisabeth Moss: ela entra numa espiral de loucura que pouco a pouco começa a criar uma tensão entre os personagens sobre até onde sua paranóia pode chegar. Só que esqueceram de avisar o diretor Alex Ross Perry sobre essa escalada de tensão. Apesar dele usar relativamente bem a trilha sonora minimalista e soturna de Keegan DeWitt (“Por Lugares Incríveis”), a trama não sai do lugar.
A relação entre as duas protagonistas fica oscilando, sendo que a motivação, seja para a aproximação ou afastamento dependendo da cena, nunca é esclarecida por completo e a competitividade entre as duas – que seria parte ou toda a motivação – é tratada como algo infantil que nem o roteiro compra. O desfecho não faz o menor sentido e, mesmo que fizesse, é tratado com um desleixo subjetivo como se seus realizadores simplesmente tivessem se cansado de continuar a trama tanto quanto o espectador se cansou de vê-la.
“Rainha do Mundo” funciona (pouco) no máximo para os fãs da atriz Elisabeth Moss. De resto é uma maratona de paciência para qualquer cristão.
Ficha Técnica
Elenco:
Elisabeth Moss
Katherine Waterston
Patrick Fugit
Kentucker Audley
Keith Poulson
Kate Lyn Sheil
Direção:
Alex Ross Perry
Produção:
Alex Ross Perry
Adam Piotrowicz
Fotografia:
Sean Price Williams
Trilha Sonora:
Keegan DeWitt
