Não… Não é “Hellraiser”. Quem nos dera. O filme fala sobre um fotógrafo que após um acidente descobre que com a lente da sua câmera consegue ressuscitar os mortos. Até que vendo um vídeo de uma mulher sendo morta por um psicopata, ele a fotografa para que ela vive, mas acaba ganhando de brinde o serial killer.
A premissa surreal seria até interessante caso fosse bem trabalhada. E o primeiro ato até quase chega a apontar para um acerto, mas as mentes transloucadas dos realizadores fazem uma narrativa sem pé nem cabeça. A donzela trazida dos mortos interpretada pela deliciosa ginasta australiana e dublê de atriz Bree Robertson é a maior atração desfilando nua em pelo como toda boa zumbi em plena forma.
Voltando à análise, ela e o tal assassino aparecem e somem sem nenhum critério, como se fossem delírios do protagonista (não são) e até o final, não se encontra a mínima explicação para os eventos que mesmo no contexto da trama absurda não fazem o menor sentido. Fazem uma tentativa de caprichar nos efeitos de maquiagem, mesmo com um orçamento baixo, mas sem conteúdo, só segura os fãs de filmes trash.
Aliás, como uma produção australiana de explotaion (exploração de nudez e violência com baixo budget), “Renascido no Inferno” obteve a alcunha genérica de Ozplotation (Oz por ter vindo da Austrália). O que isso engradece ou denigre o filme? Em nada. Ele já é ruim por si só.
Ficha Técnica
Elenco:
Wayne Bradley
Bree Robertson
Ian McPhee
Erin Chadwick
Johan Earl
Direção:
Andrew Miles
Produção:
Kelvin Crumplin
Fotografia:
Alexis Castagna
Trilha Sonora:
Brian Cachia