Começa que é um filme para a TV aberta e tem aquelas irritantes pausas para os intervalos comerciais. O início parece uma espécie de “Hora do Pesadelo”, só que ao invés de Freddy Krueger, há uma criatura que habita os sonhos dos jovens e tira suas forças até mata-los. Como ela parece ser feita de pedaços de pau (ótimo design, efeito especial nem tanto), foi batizada de Stickman (tipo “homem graveto” em inglês).
Com um elenco desconhecido, conhecemos a história de Emma que depois de um trauma com a criatura consegue aprisiona-la (engolir como ela fez isso é oura história) no sanatório onde vive. Quando é liberada para ir para um lar só de garotas, uma delas sem querer liberta o Stickman para o mundo real e ele sai matando todo mundo a sua volta.
Há duas foças que movem a narrativa: qual a lógica da criatura e consequentemente como mata-la; e, claro, a ação envolvendo os personagens e suas potenciais mortes. Ambos deixam a desejar. O mecanismo de Stickman nunca é bem explicado e, dependendo da conveniência do roteiro, há coisas que o fortalecem e outras o enfraquecem, só que as regras são meio que inventadas no momento.
Como é um filme de baixo orçamento, as mortes são pouco criativas com efeitos especiais que propositalmente escondem a violência, e um diretor – Sheldon Wilson que só faz filme B ruim de terror, tipo “Espantalho Assassino” e “Corvos” – que não soube criar situações que transformassem a deficiência de mostrar mortes mais explícitas em tensão pelo desconhecido.
A produção só não afunda de vez porque, por incrível que pareça, há uma história boa dentro de todas essas intercorrências que, com um pouco mais de dinheiro e uma condução melhor, daria um filme de terror digno. Só para fanáticos pelo gênero.
Ficha Técnica
Elenco:
Hayley Law
Erik Knudsen
Zoé De Grand Maison
Sarah Fisher
Sara Garcia
Alanna Bale
Valerie Buhagiar
Delia Lisette Chambers
Katie Coseni
Mary Ditta
Michael Dufays
Patrice Goodman
Kris Hagen
Anthony Lemke
Direção:
Sheldon Wilson
Produção:
Blake Corbet
Lance Samuels
Mary Anne Waterhouse
Fotografia:
D. Gregor Hagey
Trilha Sonora:
Steve London
