Híbrido (“Super Hybrid”)

Claramente uma derivação do clássico de Stephen King “Christine, o Carro Assassino”, só que com motor de Fusca. Esse carro demoníaco na verdade é algo mutante (não vamos estragar a surpresa) que se alimenta das pessoas. Após um acidente, ele é levado para uma oficina onde se regenera e aterroriza o grupo de funcionários que está passando a noite trabalhando.

O conceito é um dos mais malucos já pensados, principalmente quando o espectador descobrir o que é exatamente o carro do mal. Talvez o mais surpreendente é que a obra não é um lixo total e funciona, mesmo que mal e porcamente. Os efeitos especiais, apesar de discretos, são eficazes para essa escancarada produção B. O roteiro até consegue o mais difícil: não insultar a inteligência da plateia dando até que explicações razoáveis para o fato dos personagens estarem presos na oficina e não faz feio (pelo menos não tanto) para deixar as mortes acontecer sem forçar a barra descaradamente. O elenco desconhecido é esforçado, apesar de ter pelo menos uns dois personagens caricatos típicos do gênero, como o chefe mau caráter e a gostosa burra que ainda é latina pra carimbar o estereótipo.

O diretor Eric Valette que teve sua chance de entrar com o pé direito em Hollywood detonada após fazer a bomba “Uma Chamada Perdida” em 2008 parece ter entrado de vez no underground dos filmes de terror, pegando uma premissa picareta e transformando-a em um filme que mesmo longe de ser bom, talvez surpreenda os fanáticos de terror que sejam pouco exigentes.

Híbrido” tem um desfecho descolado, mas absurdo, como tudo que se passa em seus 94 minutos. Até também tem umas sacadas com um mínimo de mérito. Serve de desculpa pra chamar a gata.

Ficha Técnica

Elenco:
Shannon Beckner
Oded Fehr
Ryan Kennedy
Melanie Papalia
Adrien Dorval
Josh Strait
Tim McGrath

Direção:
Eric Valette

Produção:
Kevin DeWalt
Oliver Hengst
Tim Kwok
Elizabeth Wang-Lee

Fotografia:
John R. Leonetti

Trilha Sonora:
Thomas Schobel
Martin Tillman

DIREÇÃO

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