Tinha tudo pra ser um bom filme, não fosse o fato de que é péssimo. Explico: há uma idéia muito interessante por traz desse terror de exorcismo, mas é tão mal explorada que dá dó.
Robert Kazinsky de “Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos” é o único ator que presta nesse filme barato e interpreta Joel, viúvo que desenvolveu esquizofrenia após a morte da esposa e começa a perceber sintomas semelhantes no filho até que suspeita que o menino esteja possuído. Então pede a ajuda do Padre Lambert (Peter Jason de “Jurassic World: Reino Ameaçado”) para tentar um exorcismo na criança.
Sem um tostão no bolso o desconhecido diretor Pearry Reginald Teo que já fez um filme trash chamado “Necromentia” não teve o mínimo de criatividade para usar efeitos de edição e apela para filtros similares àqueles do Instagram para tentar promover uma dinâmica de tensão.
De fato, há algumas pouquíssimas boas idéias onde a tensão tenta brotar, mas ele se auto sabota com edições que do nada cortam para outra cena sem dar continuidade ao susto anterior.
O protagonista parece ser o único a ter comprado a idéia, mas o roteiro o faz repetir o mesmo comportamento diversas vezes colocando o espectador próximo à exaustão sem desenvolver mais o personagem.
A reviravolta deveria ser o ponto alto e, ainda assim, não conseguiu conduzir a narrativa já cansada para que pelo menos naquele momento ela decolasse.
Se o cinema tivesse 7 pecados capitais, esse filme teria cometido pelo menos uns 5, principalmente jogar uma ótima idéia no ralo.
Ficha Técnica
Elenco:
Robert Kazinsky
Peter Jason
Florence Faivre
Caden Dragomer
Hannah Ward
Douglas Spain
Eileen Dietz
Margarita Reyes
Direção:
Pearry Reginald Teo
Produção:
Ehud Bleiberg
Danny Dimbort
Fotografia:
Jonathan Hall
Trilha Sonora:
Frederik Wiedmann
