Uma Manhã Suave (“Some Velvet Morning”)

O esquisito diretor Neil LaBute mais uma vez dirige um filme com roteiro de teatro, isto é, se passa em poucas locações (aqui é apenas em uma casa) e todo baseado em diálogos. Ele já tinha feito isso no fraquinho “Encontro Selvagem” e inclusive pegou a atriz desse seu filme, Alice Eve e a escalou como Velvet que está na sua casa quando de repente aparece Fred (Stanley Tucci da saga “Transformers”) clamando que veio só pra ficar com ela depois de anos afastado. E então o espectador vai descobrindo quem são e como se conheceram.

Há uma cena em que Fred fala “Parece que estamos apenas dando voltas com essa conversa”. É assim mesmo como o espectador se sente: na ânsia de fazer um longa metragem com modestos 80 minutos, o diretor fica repetindo falas e momentos, sendo que nem todas as revelações jogadas na tela (e algumas são sim interessantes) conseguem disfarçar o artifício.

Se o filme tem garra é pelo Stanley Tucci que entre diálogos espertos e outros sofríveis não perde e energia teatral e praticamente engole Alice Eve que muitas vezes parece meramente reagir à atuação do colega.

O que impede a produção de afundar é a pequena reviravolta no final e que deve pegar todo mundo de surpresa, mesmo que não apague o fato de que “Uma Manhã Suave” poderia ter sido um sensacional curta-metragem de 40 minutos, mas esticou o dobro apenas para satisfazer a vaidade do cineasta.

Ficha Técnica

Elenco:
Stanley Tucci
Alice Eve

Direção:
Neil LaBute

Produção:
Michael Corrente
Daryl Freimark
Tim Harms
Trent Othick
David Zander

Fotografia:
Rogier Stoffers

DIREÇÃO

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