Velozes e Furiosos 8 (“The Fate of the Furious”)

A oitava parte da franquia “Velozes e Furiosos” é o filme trash mais caro da história dos filmes trash e o que mais arrecadou dinheiro em seu fim de semana de estréia. Aliás, ele é o maior arrecadador dentre quaisquer filmes feitos na história até então. E sim, é um filme trash. Se ser trash por si só não seria uma garantia de sucesso, mas a grande sacada do diretor F. Gary Gray dó ótimo “Straight Outta Compton” foi justamente abraçar essa veia trash com todas as forças. E assim nessa pegada foi possível construir uma trama que não faz o menor sentido, mas sempre com o ímpeto de juntar os personagens de todas as franquias como numa grande festa em cenas de ação cada vez mais deliciosamente absurdas e com senso de humor anos luz acima do normal, chegando no limite da caricatura.

Nesse roteiro macarrônico, Dom (Diesel) confronta uma nova vilã, Cypher (Charlize Theron de “O Caçador e a Rainha do Gelo” em momento clichê máximo) e se vê obrigado a trabalhar com ela, voltando-se contra a sua família e amigos. O motivo, claro, é meio maluco, mas o que importa é que seu antigo time vai tentar trazê-lo de volta mesmo sem entender o que aconteceu. E um cacho de personagens se amontoa na tela de tal forma que fica difícil dizer quem aparece mais.

Então vemos personagens bons virarem bonzinhos e vice-versa, mortos voltarem, presos escaparem e reviravoltas descerebradas, mas deliciosas, além de piadas para todos os gostos que às vezes já estão passadas. Os diálogos chegam a ser constrangedores e os efeitos especiais variam entre última geração e filmes B da década passada. E se algum dia a franquia já desafiou as leis da física e química, neste nem há mais leis, simplesmente jogando tudo o que há disponível de absurdos na tela sem sequer uma contextualização.

Há também um outro motivo para tanto sucesso, só que é justamente quem não está lá: Paul Walker, falecido precocemente em 2013. Não é de se admirar que os fãs da franquia sentem a perda e verificaram em massa o rumo da prosa a partir de então. Ao final há uma merecida homenagem.

Velozes e Furiosos 8” conseguiu o que “XXX: Reativado” falhou: ser um trash assumido que mistura gêneros e raça, com um roteiro sem pé nem cabeça atravessando várias partes do globo terrestre e que aposta no carisma de seus personagens e num humor tosco para que essa mistura funcione. E não é que funciona?

Curiosidades:

– Rolou o maior barraco entre entre Dwayne Johnson e Vin Diesel porque este último sempre se atrasava para as gravações. O Barraco teve direito a troca de farpas nas redes sociais e chegou quase às vias de fato.
– Há uma cena que Dwayne Johnson é chamado de Hércules. E ele já fez o papel de “Hércules” no cinema.
– Há cena na quadra de futebol é quem o personagem de Dwayne Johnson faz uma dança, aquele é um ritual da tribo Maori da Nova Zelândia de boas vindas (mesmo que pareça meio agressiva). O interessante é que este ano, Johnson dublou na animação da Disney “Moana” justamente um semi deus Maori.

Ficha Técnica

Elenco:
Vin Diesel
Jason Statham
Dwayne Johnson
Michelle Rodriguez
Tyrese Gibson
Ludacris
Charlize Theron
Kurt Russell
Nathalie Emmanuel
Luke Evans
Elsa Pataky
Kristofer Hivju
Scott Eastwood
Patrick St. Esprit
Janmarco Santiago
Hellen Mirren

Direção:
F. Gary Gray

Produção:
Vin Diesel
Michael Fottrell
Chris Morgan
Neal H. Moritz

Fotografia:
Stephen F. Windon

Trilha Sonora:
Brian Tyler

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