Vingança a Sangue-Frio (“Cold Pursuit”)

É a milésima vez que Liam Neeson de “As Viúvas” faz um justiceiro implacável quando mexem com alguém da família dele. Parece que depois do seu icônico personagem em “Busca Implacável”, o papel pregou nele. Só que aqui fizeram a mesma coisa, só que diferente.

O diretor norueguês Hans Petter Moland já tinha feito esse mesmo filme em sua terra Natal em 2014, só que protagonizado pelo nosso conhecido Stellan Skarsgård de “Nosso Fiel Traidor”.

Então Hollywood o convidou para fazer também esse remake americano onde Neeson é Coxman, que mora numa cidadezinha isolada pela neve e é motorista de um caminhão limpa neves. Tudo muda quando seu filho é assassinado e ele vai atrás dos assassinos.

O diferente foram os peculiares elementos de humor negro que foram colocados na trama. Um deles é uma legenda de todo mundo que morre logo após a respectiva cena, o que lembra o estilo dos irmãos Coen, só que sem a mesma elegância e consistência.

No decorrer da narrativa há várias pitadas desse humor onde algumas funcionam e outras nem tanto – talvez a melhor seja a última – mas não deixa de dar uma estranha sensação esse tênue humor estar associado a uma narrativa séria e, sem dúvida, o diretor fez questão de passar exatamente essa impressão, fugindo do lugar comum sim, mas não sendo sinônimo de diferencial ou destaque.

Algumas subtramas interessantes são superficiais demais e o próprio antagonista, interpretado por Tom Bateman (“Viagem das Loucas”) é afetadíssimo e perde boas chances de fazer rir com tanto exagero.

Apesar de deixar algumas pontas soltas, o desfecho não deixa de ser interessante e se salva por um bom timing cômico, mas ainda assim “Perseguição A Sangue Frio” não deixa de ser mediano, mas com peculiaridades que pelo menos ajudam ao espectador chegar no final sem reclamar.

Curiosidades:

– Liam Neeson disse em entrevista que esse seria seu último filme de ação.
– O filme foi postergado depois de uma polêmica envolvendo uma entrevista de Liam Neeson onde ele disse que em sua juventude também foi motivado por vingança porque ele tinha uma amiga que foi estuprada por um negro e ele passou algumas semanas nas ruas com ódio dos negros, esperando achar o estuprador. O comentário como sempre foi mal interpretado pelas redes sociais, fazendo-se passar por uma declaração racista que afastou os investidores.
– O nome Coxman, do protagonista, tem um significado sexual em norueguês. No filme norueguês o nome do protagonista é Dickman que tem um significado sexual em inglês.
– Há um campanga do vilão cujo apelido é Sly. O ator David O’Hara que o interpreta, realmente tem o apelido de Sly porque ele lembra o Silvester Stallone, cujo apelido para os amigos é justamente Sly.

Ficha Técnica

Elenco:
Liam Neeson
Laura Dern
Micheál Richardson
Michael Eklund
Bradley Stryker
Wesley MacInnes
Tom Bateman
Domenick Lombardozzi
Nicholas Holmes
Jim Shield
Aleks Paunovic
Glenn Ennis
Benjamin Hollingsworth
John Doman
Emmy Rossum
William Forsythe
Elizabeth Thai
David O’Hara
Venus Terzo
Dani Alvarado
Julia Jones
Michael Adamthwaite

Direção:
Hans Petter Moland

Produção:
Finn Gjerdrum
Stein B. Kvae
Michael Shamberg
Ameet Shukla

Fotografia:
Philip Øgaard

Trilha Sonora:
George Fenton

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