Reflexos da Inocência (“Flashbacks of a Fool”, EUA / Inglaterra, 2008)

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O problema de muitos filmes que revisitam o passado (tema semelhante a “Ao Entardecer“) é que o roteiro quase sempre se enrola para explicar como as ações do passado justificam a o cenário presente. É o caso desse drama onde o atual James Bond, Daniel Craig, interpreta um ator famoso, porém beirando a decadência devido aos seus escândalos envolvendo drogas. Ao saber que seu melhor amigo do passado faleceu, ele parte para sua cidadezinha natal no interior da Inglaterra, ao mesmo tempo em que evoca as lembranças desse passado.

Aí começam os problemas: praticamente não há conexão entre o passado (uma trama bem mais interessante) e o presente. A própria amizade entre o protagonista e o recém falecido é mostrada no passado como superficial, a não ser pelos créditos iniciais embalados pela bela canção “Sons of” de Scott Walker. Aliás, a trilha sonora talvez é o que este drama tem de melhor, incluindo ainda Roxy Music e David Bowie.

As atuações, tanto de Craig, quando dos coadjuvantes são bem corretas, porém o roteiro mesmo não ajuda. A cena final é incompreensível, um choro copioso por causa de alguém que só se beijou uma vez? Esteticamente aprazível, “Reflexos da Inocência” falha num conteúdo vazio. Para ver, escutar, mas não para refletir.

[rating:2]


Ficha Técnica

Elenco:
Daniel Craig
Eve
Harry Eden
Olivia Williams
Helen McCrory

Direção:
Baillie Walsh

Produção:
Lene Bausager
Damon Bryant
Claus Clausen
Genevieve Hofmeyr

Fotografia:
John Mathieson

Trilha Sonora:
Richard Hartley

ELENCO

DIREÇÃO

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Respostas de 2

  1. Pois é, vim até pesquisar na internet a respeito do final um pouco incompreensível.
    Joe escreve uma carta relembrando o (curto) passado com Ruth, junta a carta um cheque,
    tudo bem, se o filme queria mostrar as coisas boas (e também curtas sem muita compreensão) do passado, pra que tamanho drama ao ler a carta com aquela choradeira? e qual o motivo do cheque?!!!! Sem necessidade alguma e não da pra entender direito.
    Achei o filme ate bonzinho, mas muito superficial e como já dito “…o roteiro quase sempre se enrola para explicar como as ações do passado justificam a o cenário presente.” Não tem ligaçao nenhuma, mas o roteiro tinha a intenção (mal sucedida).

  2. eu acho que tem coisas não contadas que podiam ter sido mais trabalhadas…. na carta talvez ele tenha dito da doença dele e que sei lá, ía morrer mesmo então estava reparando passando a grana pra ela – aparece no filme que ela perigava perder o patrimônio. E tem uma hora bem antes em que ele fica olhando o filho mais dela entrar pra dentro de casa…. será que foi só um beijo mesmo? Ou o amigo dele não reconheceu a paternidade do filho mais velho dela? Se for isso tem sentido.

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