Querido John (“Dear John”, EUA, 2010)

Falou no escritor Nicholas Sparks, falou em lenço na mão e lágrimas ao chão. Ele pegou todo mundo de surpresa com o lindo “Diário de uma Paixão“, mas depois foi perdendo a mão como visto em “Noites de Tormenta“. Lógico que aí já não é seu livro, mas sim o filme. Não foi dessa vez que seu livro gerou uma adaptação que tenha tocado tanto como “Diário de uma Paixão“. Se bem que agora há pelo menos uma ótima surpresa.

Tudo começa com John (Channing Tatum de “GI-Joe“) tomando um tiro em pleno campo de batalha e a narração da sua própria voz lendo uma carta de amor. Volta-se no tempo e encontramos John antes de se alistar para a Guerra do Iraque em duas semanas e conhecendo a jovem Savannah (Amanda Seyfried de “Cartas para Julieta“). Daí rola o básico: os dois se apaixonam, ele vai pra guerra e ficam trocando cartas. Ele volta, eles brigam, eles voltam, ele volta pra guerra. Por incrível que pareça, mais interessante que esse insosso romance, é o relacionamento de John com seu pai autista, interpretado pelo genial Richard Jenkins (“Comer Rezar Amar“).

E a melhor surpresa da produção é justamente a relação que a narração no início tem com o terceiro ato, ou seja, a derradeira carta de amor. No mais, o diretor Lasse Hallström que já é chegado num dramalhão com qualidade como “Sempre ao seu Lado“, faz o possível com sua técnica de fotografia e condução de atores pra movimentar um roteiro inerte. Se “Querido John” vale, é mais pela relação família do que pela amorosa: enquanto esta última se repete a exaustão, a primeira dá um banho de originalidade. É pagar pra ver.

[rating:3]


Ficha Técnica

Elenco:
Channing Tatum
Amanda Seyfried
Richard Jenkins
Henry Thomas
D.J. Cotrona
Cullen Moss

Direção:
Lasse Hallström

Produção:
Marty Bowen
Wyck Godfrey
Ryan Kavanaugh

Fotografia:
Terry Stacey

Trilha Sonora:
Deborah Lurie

ELENCO

DIREÇÃO

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Respostas de 3

  1. Pontuação em alta com a patroa! Alugue, compre lenços de papel e prepare-se para retomar os tempos de namoro. Em meio a avalanche de romances rasteiros, “Querido John” entrega o que promete e ainda presenteia com alguns bônus. As ditas cartas que dão origem ao nome do filme são um belo truque para mostrar o ponto de vista de cada um e assim dar a visão do todo, permitindo com que o espectador compartilhe dos anseios e frustrações individuais do casal, e com isso o roteirista se exima de tomar esse ou outro partido na trama. A entrada do 11/09 no filme torna crível o motivo principal do afastamento e da importância máxima da derradeira carta. Mas sim, concordo em gênero, número e grau, que a grande surpresa do filme é a relação pai e filho. No início não fique bem nítido o autismo, porém com o passar do tempo Richard Jenkins rouba o filme pra si, e sua ausência no último ato, deixa uma lacuna cujo final do filme trivial e um pouco forçado fica longe de preencher. “Querido John” é um romance cou um drama? Talvez uma mistura de boas idéias, mas que podia ser muito melhor com a presença por mais tempo das peças certas. De qualquer forma, é excelente para fazer as pazes.

  2. Eu li o livro e logo em seguida vi o filme. Talvez isso tenha me atrapalhado, mas eu achei o filme meio fraco, eu esperava muito mais.
    Mas assim como no livro me chamou muito mais a atenção a relação dele com o pai do que com a garota.
    Não gostei de terem mudado o final, mesmo que muito pouco, mas acho que realmente não precisava.

  3. É bem fraco! Realmente devo concordar que o romance dos dois não parece ser o tema central. Não convencem que estão apaixonados… então nem dá muita vontade de torcer pelos dois. Não gostei do filme, podia ter ficado bem melhor!

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