Baseado numa série francesa de quadrinhos intitulada “As Extraordinárias Aventuras de Adèle Blanc-Sec” (tradução livre), este filme tenta ser uma espécie de híbrido entre “Indiana Jones” e “A Múmia“. Não consegue ser nem um, nem outro.
Após uma introdução digna de clichê de aventura com dezenas de absurdos para o espectador engolir, a heroína Adèle (a apetitosa Louise Bourgoin) que estava no Egito, volta a Paris do início do século e se depara com um mistério envolvendo um pterodátilo ressuscitado por um cientista. Essa sua busca deve levar ao segredo que também pode trazer sua irmã de volta à vida.
Luc Besson que um dia já dirigiu o sensacional drama “Angel-A” consegue fazer tudo errado. E isso com uma das produções européias mais caras, a qual custou a bagatela de 25 milhões de euros. Com arrastados 105 minutos, a narrativa cura qualquer insônia. Mesmo que tente ser fiel aos quadrinhos, a pesada maquiagem da maioria dos personagens coadjuvantes em nada agrega sobre o conteúdo. Eles são chatos e talvez a única a escapar seja a própria protagonista, não pela atuação, mas por sua beleza hipnotizante que, inclusive, presenteia o público masculino com uma cena de nudez frontal de cair o queixo.
La pelo meio do segundo ato, provavelmente ninguém mais dará a mínima para os acontecimentos, os quais passam com uma técnica muito bem cuidada, mas sem nexo algum. “As Múmias do Faraó” chega ao cúmulo de ter estampado no cartaz nacional em destaque um personagem que passa menos de na tela minutos. É um desperdício de dinheiro, de tempo e da paciência do espectador.
[rating:1]
Ficha Técnica
Elenco:
Mathieu Amalric
Louise Bourgoin
Gilles Lellouche
Jean-Paul Rouve
Jacky Nercessian
Philippe Nahon
Nicolas Giraud
Laure de Clermont-Tonnerre
Direção:
Luc Besson
Produção:
Virginie Silla
Fotografia:
Thierry Arbogast
Trilha Sonora:
Eric Serra
