WiFi Ralph: Quebrando a Internet (“Ralph Breaks the Internet”)

A sacada é genial: seis anos depois, encontramos nossos amigos Ralph e Venellope no arcade vivendo suas vidas quando seu dono conecta os jogos na Internet. Quando o jogo de Venellope, Sugar Crush, quebra, eles acabam entrando no mundo da web para conseguir outro e se metem em várias confusões.

Com uma infinidade de opções de roteiro, não quiseram ousar e escolheram aventuras que se passassem nos principais sites americanos: Ebay, Google, Pinterest, Facebook, Instagram, Youtube, entre outros. É mais do que apenas interessante a maneira como o filme materializa a conexão entre as pessoas físicas e a internet e mais ainda, como elas interagem com cada site, seja dando lances no Ebay, ou dando likes em vídeos ou na parte de comentários… Aliás, a conscientização do filme sobre cyberbullying através de comentários é sutil, mas muito significativa. Até mesmo o funcionamento de vírus que acha brechas na segurança dos sites, bem como a deep web (para crianças) é muito bem enquadrada.

Mas nada se compara quando eles encontram os personagens da Disney. A reunião de todas as princesas Disney, personagens do mundo de Star Wars, Toy Story, Zootopia, Muppets e até da Marvel (Groot), dentre tantos, é um prato cheio de referências num filme que já as tinha como trunfo (a piada sobre a Pixar ser o “outro” estúdio da Disney é impagável).

São tantas as distrações que fica até difícil se concentrar na essência da trama: enquanto Venellope acha a Internet um inusitado mundo e cheio de possibilidades, Ralph quer manter o seu mundinho de dentro do arcade, o que pode abalar a amizade entre os dois. Outra consequência do excesso de possibilidades é justamente passar de forma superficial por várias delas, o que dilui a profundidade de muitos dos eventos da animação, mas não abala a sua qualidade narrativa, mesmo que o pós clímax seja um tanto genérico.

Wifi Ralph” tem ação, humor e uma quantidade de referências que até ofusca a história principal, mas que é boa demais pra deixar passar. Ah, e tem duas cenas pós créditos e, pra quem gosta dos memes do Rick Astley, a última é sensacional.

– Curiosidades:
– Um bonequinho do Stan Lee faz uma breve aparição no desenho.
– Todas as camisetas das princesas Disney têm uma frase que caracteriza seu desenho. (Ex: a camiseta da Anna de Frozen está escrita “Let it go”).
– Quando Venellope foge dos stormtroopers, aparece uma placa escrita Setor A113 que é o número da classe que os fundadores da Pixar estudaram.
– A gente sabe que o filme se passa seis anos depois do primeiro porque na fachada do arcade está sendo comemorado o 11º aniversário de lá, enquanto no antecessor, estava sendo comemorado o 5º aniversário.
– Há uma cena em que Ralph assobia uma canção. É a música do primeiro desenho do Mickey Mouse de 1928.
– Nos créditos finais, há um veículo plotado com o endereço de IP 198.187.190.1 que é o da Disney Animation.
– O tubarão que sai do bueiro numa cena musical tem uma placa de carro em sua boca que é a mesma placa usada numa cena do clássico “Tubarão” de Steven Spielberg.

Ficha Técnica

Elenco:
John C. Reilly
Sarah Silverman
Gal Gadot
Taraji P. Henson
Jack McBrayer
Jane Lynch
Alan Tudyk
Alfred Molina
Ed O’Neill
Sean Giambrone
Flula Borg
Timothy Simons
Ali Wong
Hamish Blake
GloZell Green

Direção:
Phil Johnston
Rich Moore

Produção:
Clark Spencer

Fotografia:
Nathan Warner

Trilha Sonora:
Henry Jackman

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